Em 1997, o Juventus disputou o Campeonato Paulista com uma bela camisa que anunciava a companhia Antarctica, indústria de cervejas e refrigerantes que se localizava no bairro da Mooca.
Ouvi uma versão de que a marca foi estampada de graça pelo Moleque Travesso, como forma de tentar seduzir a empresa a investir dinheiro com patrocínio ao clube. No entanto, me parece um tanto estranho esse procedimento.
O mais provável é que tenha sido uma espécie de permuta, já que a Antarctica fizera uma série de benfeitorias no estádio da Rua Javari, sendo a mais vistosa delas um enorme totem com o logotipo da empresa e a indicação do estádio, que deixou a vista da Rua Javari muito semelhante à entrada de uma churrascaria de beira-de-estrada. Além desta placa gigante, o estádio fora completamente decorado por dentro com publicidade da cervejaria.
Se não foi permuta, nem graciosidade do Juventus, então foi um patrocínio normal, mesmo.
Durante a competição, porém, o patrocínio da Antarctica foi coberto por uma faixa branca com a inscrição "Juventus".
A camisa daquele Paulistão tem o escudo emborrachado e o tecido e o corte é muito semelhante ao da camisa do São Paulo da época, fabricada pela Adidas.
Nas costas, o ponto fraco é a horrorosa bola branca na qual o número era estampado. Influência, talvez, da Umbro, que tinha esse desenho naquele tempo. Por conta do corte raglan das mangas, o número era deslocado praticamente para a barra da camisa, e se o jogador a pusesse para dentro do calção, tornaria o número invisível.
A fabricante do uniforme era a confecção Única Forma, que estampava a marca UFSport.
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