segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O dia em que virei juventino - por Danilo Dias



Nasci em 1990 e lá pra 94, com a primeira Copa do Mundo, é que surgem pra mim as primeiras lembranças do que é futebol na minha cabeça. Bebeto, Lalas, Ivanov, Baggio... Nem sabia o nome desses indivíduos, mas lembro de cada um em minha memória fotográfica. Os anos foram passando, fui pegando gosto pelo negócio. Comecei a jogar por diversão, depois tentando algo mais sério... Vi que meu negócio era assistindo mesmo. Foi vendo times e mais times jogando que lá pra 2005, naqueles times de Viola e Dedimar pelo Paulistão, e com a crise do meu time na época, foi que eu comecei a me engraçar pelo grená e branco do Juventus.

Vivi anos e anos simpatizando pelo clube até que virei de vez juventino. Meu primeiro jogo na Javari é recente, em 2012. Foi épico, pelas circunstâncias e pelo resultado. O Juventus entrou fora da zona de classificação para a segunda fase da A3 contra o Capivariano. Precisava vencer e torcer contra alguns times. Meteu quatro, gols de Fubá, Tony que jogou demais e dois do Fernandinho.

Saímos classificados e cantando o hino. Nada melhor.

Sempre que vou a Javari, vejo o quão gostoso é aquilo. Clima acolhedor, onde você anda por todo o estádio se quiser... Xinga o adversário, vai na grade, conversa com o jogador... No amistoso contra o São Caetano do começo do ano, conversei o jogo inteiro com o goleiro Luis que respondeu tudo. Falava "Deixa passar essa, Luis!", em tom de brincadeira ele ria, dava joinha... Num escanteio gritei pro nosso 9 "Vai que é agora Luciano!". Ele olhou pra gente, assinalou com a cabeça que sim, era a hora. Essa interação não existe em lugar nenhum do Brasil, não adianta, é só na Javari. Esse sim é o nosso futebol. Essa é a verdadeira essência. O Juventus não leva torcedores ao estádio. Leva gente de verdade, que não se robotiza. É nessas que eu me pergunto se o futebol tem que ser tão caro, se o divertido é estar ali, sendo presente de verdade numa partida, entrando praticamente em campo com os jogadores.

Não precisamos de estádios lotados, de arenas multiuso, de cadeiras numeradas e de aquecimento subterraneo. Nós só precisamos de futebol. O Juventus traduz o que é o esporte. Traduz o que é o futebol de verdade. Na Javari somos mais que torcedores. Somos personagens da partida.

Você pode participar da Seção O Dia Em Que Virei Juventino do nosso blog mandando sua história de como o Moleque Travesso começou a fazer parte de sua vida para o email hamilton@juventus.com.br. Já recebemos várias contribuições e todas elas serão postadas na ordem em que as recebemos. Escreva quanto e como quiser, mas participe!

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