domingo, 5 de dezembro de 2010

Manto Juventino presente no encontro de colecionadores de camisas

Ontem, dia 4 de dezembro, foi organizado no Museu do Futebol no estádio do Pacaembu, o segundo encontro de colecionadores de camisas de futebol do site Minhas Camisas em parceria com o Museu e o Governo do Estado.

O blog Manto Juventino não poderia ficar de fora e esteve lá, levando as camisas de 1983, 1991, 2004, entre outras. A confraternização foi agradável, especialmente com Wanderley, torcedor do Linense, que levou uma camisa de 1983 do Elefante, Paulo Pires do site Museu Vascaíno, que deu uma aula sobre as camisas da Adidas dos anos 80, além de Daniel Cachello, do Manto Alviverde, Jorge Monteiro, nosso amigo do blog O Baú do Silvio, Felipe Marx, do Minhas Camisas, Ginão, Rodrigo Colucci, Duarte e toda a patota da comunidade Camisas de Futebol do Orkut.

No vídeo abaixo, a reportagem da RedeTV! fez uma cobertura do encontro. O sósia de Pelé aparece segurando a camisa da Premier dos anos 80, que também pertence ao acervo do Manto Juventino.



Por fim, fica o registro da presença do jornalista Mauro Beting, que confessou emoção ao ver as camisas antigas do Juventus.

sábado, 27 de novembro de 2010

Anos 40


Mais uma foto do acervo da Gazeta Press. Juventus 2x 3 Corinthians, pelo Paulistão de 1940.

Vejam que linda nossa arquibancada da Rua Javari, a cerca de madeira, a assistência em peso para assistir esse match de foot-ball.

Corinthians com gola e punhos pretos, combinação pouco comum, já que o jérsei tradicional do alvinegro mosqueteiro era inteiramente branco. Juventus com o manto grená lindo, como sempre.

Perdemos esse jogo, grande coisa. Jogamos com Roberto; Dictão e Tito; Ovídio, Sabiá e Nico; Ferrari, Cafelândia, Danilo, Aurélio e Grifo.

Aqui embaixo, outro jogo acontecido nos anos 40. Em 12 de setembro de 1948, Juventus foi até o estádio Nami Jafet, na Rua dos Sorocabanos, um campo com capacidade de 3.000 torcedores, que hoje não existe mais. Era a casa do Clube Atlético Ypiranga, nosso rival alvinegro do lado de lá da Rua Capitão Pacheco e Chaves. Fundado em 1906, o CAY foi, ao lado do Juventus e de outros menos importantes, um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol.



A foto que temos do jogo, obtida no Portal da Mooca, identifica o atacante Zalli, num lance na área do Ypiranga.

Mas segundo as estatísticas disponíveis no site da Federação Paulista de Futebol, Zalli não estava em campo naquela oportunidade. O Ypiranga jogou com Osvaldo, Giâncoli e Alberto; Reinaldo, Renato e Belmiro; Liminha, Rubens, Silas, Bibe e Valter. O Juventus com Muniz, Pascoal e Diogo; Lorena, Pixo e Antunes; Niquinho, Turcão, Milani, Zé Brás e Chicão. Os golos foram marcados por Valter (24min-1ºt), Valter (21min-2ºt), Chicão (28min-2ºt), Milani (30min-2ºt) e Niquinho (36min-2ºt).

O Clube Atlético Ypiranga encerrou suas atividades no futebol profissional nos anos 50. Atualmente é um clube social, e seu campo de futebol está localizado ao lado de sua bela sede, no entroncamento da Rua do Manifesto com a Rua dos Leais Paulistanos.

domingo, 21 de novembro de 2010

1977 - camisa de linha



Nos anos 70, ainda distantes dos tecidos acrílicos mais leves e menos retentores de suor, as fabricantes de uniformes esportivos criavam alternativas mais confortáveis aos jogadores.



A Malharia Terres entregou ao Juventus camisas de linha, que foram usadas em 1977 e 1978, em substituição aos panos grossos e pesados usados até então. Além do pano mais "fresco", a gola era diferente, com uma abertura.


15/10/1978 – Juventus 2 x 0 XV de Jaú
Nesta foto tirada em 15/10/78, Luciano, camisa 10 do Corinthians no histórico título paulista do ano anterior, defende o manto juventino na partida contra o XV de Jaú, válida pelo Campeonato Paulista. O Juventus venceu por 2 a 0

Em 1979, a Adidas chegaria para colocar um fim no reinado das malharias, como já vimos.

domingo, 7 de novembro de 2010

Goleiro psicodélico

A década de 90, com a evolução da tecnologia nos tecidos dos uniformes esportivos, gerou uma profusão de desenhos criativos e modernos, mas também gerou uma quantidade imensa de camisas bizarras, estapafúrdias e psicodélicas. Principalmente para os goleiros.

Os "coitados" que antigamente se satisfaziam em jogar com camisas pretas, cinzas, azuis escuras, discretos, agora estavam multicoloridos.

Na foto abaixo, da Gazeta Press, vemos o goleiro Gilmar durante o empate sem gols contra o Novorizontino, válido pelo Campeonato Paulista de 1995. A camisa é da marca Hawk, que fabricava o fardamento do Juventus na ocasião. O calção, as luvas e as meias são Uhlsport, marca especializada em artigos para goleiros.

domingo, 31 de outubro de 2010

1992 - apoio da Universidade São Judas

A comunidade e os empresários mooquenses deveriam investir mais no Juventus, patrocinando, apoiando. Cansamos de ver marcas locais e regionais estampando seus logotipos nas camisas dos clubes do interior, o que não ocorre com frequência no time da Mooca. Uma rara exceção foi o Grupo Industrial Trofa, tradicional fábrica de panelas e equipamentos de cozinha situada na Rua Olímpio Portugal, que patrocinou a camisa do time principal entre 1988 e 1990 e recentemente apoiou a equipe de futebol feminino.

Dentre os muitos orgulhos do bairro da Mooca estão o Clube Atlético Juventus, razão da existência deste blog, e a Universidade São Judas Tadeu, que surgiu como cursinho de admissão para o ginásio, em 1947 e, pelas mãos do professor Alberto Mesquita de Camargo, se transformou em colégio e, depois, em uma das principais instituições de ensino superior particulares de São Paulo.

Pois em 1992 a Universidade São Judas Tadeu deu seu apoio ao Moleque Travesso na disputa da Taça São Paulo de Juniores daquele ano. Uma dobradinha que poderia e deveria se repetir mais vezes. Não só com a São Judas, mas também com outras empresas prósperas do bairro e da região, que poderiam atrelar sua marca ao clube, criando identidade com a comunidade e gerando um bom retorno.



Prova viva do potencial do marketing esportivo nesse sentido foi o providencial patrocínio dos Armarinhos Fernando na camisa da Portuguesa de Desportos em 1996, divulgando no Brasil inteiro o nome das lojas paulistanas.

E como disse o Comendador Alberto Trofa, "Se der a palavra, não volte atrás."

A foto que ilustra este post foi tirada em 04/01/1992 e pertence ao arguivo da Gazeta Press. Nela são retratados os jogadores do Juventus(da esquerda para a direita): Marquinhos, Jamil, César e Alex, durante apresentação do elenco que se prepara para a disputa da XXIII Taça São Paulo de Juniores de 1992.

Ano: 1992
Patrocínio: Universidade São Judas Tadeu
Marca: desconhecida.

EM TEMPO, no Twitter, reclamei da falta de apoio da Mooca para com o Juventus, e este twitt foi escolhido pelo jornal Diário de S. Paulo como um dos twitts de destaque do dia dos paulistanos sobre a cidade! Veja clicando aqui.

sábado, 23 de outubro de 2010

2008 - camisa do futebol moderno

Em 2008, o Juventus mais uma vez disputou a primeira divisão do Campeonato Paulista e tinha a Copa do Brasil pela frente. O time tinha uma boa base, e as esperanças de gol vinham dos pés do prata-da-casa que, veterano, retornava: Fernando Diniz.

Investindo no marketing e querendo reforçar o time, o presidente Armando Raucci, que já havia trazido nomes de peso como Viola, para jogar no clube da Mooca, causou polêmica ao trazer Vampeta. O velho Vamp já não era mais o mesmo do Corinthians, mas a aposta podia se basear numa certa tradição juventina em trazer jogadores consagrados que fizeram fama jogando pelo alvinegro, vítima favorita das molecagens do Travesso. Assim fora com Baltazar (o Cabecinha de Ouro), Luizinho (o Pequeno Polegar), Geraldão e outros.



Os holofotes viraram-se para a Rua Javari graças ao falastrão Vampeta. E,como constava na estratégia da diretoria do clube, atraiu vários patrocinadores para sustentar o elenco. A Andra, loja de materiais elétricos, estampou a frente da camisa. Phelps Dodge, marca de fios e cabos, ficou com as costas. A Intermédica, dos planos de saúde, colcou seu logotipo nas mangas. E ainda sobrou um espaço abaixo dos números, nas costas, para a marca da Venice, concessionária de automóveis FIAT, que apareceu após as primeiras rodadas.

A camisa ficou bem "vendida", e também vendeu bem entre os torcedores: fabricada pela Finta, tinha detalhes em branco, abandonando o dourado do ano anterior. O toque que contrariava parte das arquibancadas era o escudo no centro da camisa, ao invés de ficar do lado esquerdo do peito.



No campeonato, o Juventus foi muito irregular desde o começo, mas até se apresentou bem algumas vezes. O técnico Sérgio Soares costumava escalar Valdir, Dedimar, Alemão e João Paulo; Vampeta, Fernando Miguel, Naves e Cadu; Marcus Vinícius e Lima, aproveitando a base do vitorioso time de 2007, campeão da Copa Federação Paulista.

Deu tempo de aprontar travessuras. Enfiou 3 a 1 contra o Santos, em jogo inesquecível no estádio Bruno José Daniel. Empatou com o Corinthians em 2 a 2, buscando por duas vezes igualar o marcador. Enfiou 3 a 0 no São Caetano. Mas perdeu 10 vezes e acabou rebaixado para a Série A2.

Na Copa do Brasil, o Juventus não fez feio. Começou mal, levando um sarrafo do Coruripe de Alagoas: 4 a 1. Precisava reverter na Rua Javari esse péssimo resultado. E conseguiu: apoiado pela torcida, o Moleque Travesso devolveu o pacote de gols, 5 a 1.





O dois gols de Lima na vitória por 2 a 0 contra o Náutico, em Santa Bárbara d'Oeste, na segunda fase, encheram o peito juventino de esperança. Mas o Timbu fez 3 a 0 nos Aflitos, e mandou o Juventus de volta para casa.

No segundo semestre, por motivos misteriosos, o Juventus não usou esta camisa, voltando a atuar com o uniforme de 2007.



Ano: 2008
Fabricante: Finta
Patrocinador: Andra, Phelps Dodge, Intermédica e Venice Fiat.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

1979 - camisa branca da Adidas



Ah, nossa camisa branca também é linda, principalmente nessa combinação: uniforme todo branco.

Nessa foto da Gazeta Press, Tata e Ataliba comemoram o primeiro gol do Moleque Travesso durante a partida contra a Francana, realizada em 28/10/1979 pelo Paulistão, na Rua Javari, e vencida pelo Juventus por 3 a 0. Reparem que tanto o Moleque quanto a Feiticeira usavam uniformes da marca das três listras. Outros tempos!

Gola redonda, os frisos nos ombros, camisa imaculada de patrocínios. Raro encontrar uma camisa dessas hoje em dia.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

foto - bela réplica da Premier

A camisa abaixo é a mais antiga que eu tenho. Pelo menos, eu acho. Se não é, é a mais bem conservada, certamente.

Fabricada pela marca Premier, que anos depois seria rebatizada de Finta, é uma réplica de uma camisa juventina da Adidas, aquela que ficou marcada por vestir o Moleque Travesso nos anos 80.

Segundo seu antigo dono, ela fora comprada numa loja e nunca utilizada. O número é aveludado ainda e o distintivo é bordado e costurado no pano, que é mais avermelhado do que propriamente grená.



O difícil é saber o ano da bichinha. Isso em razão das mangas raglan e do friso branco na lateral e nos contornos da manga da camisa. Somente achei um modelo igual no álbum de fotos do ex-jogador Sidney, no Orkut. Na foto abaixo, Sidney é o da esquerda, ao lado do companheiro de time Silvio, que veste um uniforme completo da Adidas. Não sei nem o ano da foto, nem o ano da minha camisa...




Uma coisa é certa: a camisa é original e antiga. Acredito que seja de 1982, pois em 1981 a camisa tinha mangas raglan brancas e do ano seguinte em diante, as mangas passaram a ter corte reto.

Com esta camisa eu inauguro as postagens de fotos de camisas do Juventus. Até então nosso blog se limitava a postar desenhos de reproduções de uniformes. Porém quero abrir espaço para histórias, causos, lendas e tudo mais que envolva nosso time querido.

Quem tiver fotos e quiser colaborar, é só entrar em contato pelo e-mail.

sábado, 25 de setembro de 2010

1994 com patrocínio

Em 1994, as Tintas MC, tradicional patrocinadora da camisa do Juventus, colocou seu logotipo num manto fabricado pela desaparecida marca Firula. Camisa com tecido brilhante, ao gosto dos anos 90, com uma textura que também foi reproduzida nas camisas da Finta, da mesma época.

O time do Juventus era bom. Tinha nomes como Márcio Bittencourt e Márcio Griggio no elenco.



ano: 1994
patrocinador: Tintas MC
fabricante: Firula

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

2005 - início da parceria com o Pão de Açúcar



O Juventus manteve durante parte dos anos 2000 uma parceria com o Grupo Pão de Açúcar que incluía investimentos nas categorias de base, participação em negociação de atletas e patrocínio da camisa.

Assim, o Moleque Travesso entrou em campo nos torneios sub-20 e de juniores com a camisa fabricada pela Zona Livre / Ulhsport com o logotipo da rede de supermercados de Abílio Diniz.

Com esta camisa (mas sem os patrocínios) o Juventus foi campeão Paulista da série A2.

domingo, 13 de junho de 2010

1984 - o primeiro patrocínio

A publicidade em camisas de futebol já havia sido autorizada pela CBF anos antes, mas somente em 1984 o Juventus estampou um patrocínio pela primeira vez. E tratava-se de uma autopromoção: o Cartelão de Ouro, promoção que arrecadava dinheiro para o clube, por meio de sorteios de prêmios aos compradores. Na época, diversos clubes brasileiros faziam esse tipo de concurso, uma espécie de precursor das campanhas modernas de sócio-torcedor.


A marca do Cartelão de Ouro do Juventus estampou a camisa durante o campeonato Paulista daquele ano. O patrocínio também apareceu em camisas com gola V brancas.

Ano: 1984
Fabricante: Adidas
Patrocínio: Cartelão de Ouro

domingo, 23 de maio de 2010

2007 - camisa rara



O Juventus jogou pouquíssimas vezes no final de 2007 e começo de 2008 com esta camisa Finta, do modelo campeão na Copa Federação Paulista, agora com os patrocínios da Phelps Dodge (costas) e Andra Materiais Elétricos (frente), estampados em transfer, nas cores azul e vermelha, respectivamente, poluindo bastante a camisa.

Depois, no Paulistão de 2008, a Finta preparou um modelo novo de camisa, com detalhes brancos ao invés dos dourados.

Ano: 2007-2008
Marca: Finta
Patrocínio: Andra Materiais Elétricos (frente), Phelps Dodge (costas)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

1985 a 1987 - Borcol



A camisa do Juventus foi patrocinada pela fábrica de tapetes automotivos e produtos de borracha Borcol entre 1985 e 1987. A marca se encaixou de forma harmoniosa na camisa fornecida pela tradicional confecção germânica Adidas.


Bizzi vestindo o manto grená na Rua Javari em 1985 (acervo Milton Neves)

Na mesma época, a Borcol também patrocinou as camisas da Sociedade Esportiva Palmeiras e do Esporte Clube São Bento, de Sorocaba, ambos utilizando fardamentos Adidas.


Ano: 1985 a 1987
Fabricante: Adidas
Patrocínio: Borcol

Mais fotos:


Chiquinho em ação no empate em 0 a 0 com o Corinthians em 10 de novembro de 1985, pelo Campeonato Paulista.



Chiquinho em ação em mais um empate sem gols com o Corinthians, em jogo disputado em 15 de julho de 1986, pelo Paulistão.




Betinho antes da derrota por 2 a 1 para o Corinthians, pelo Paulistão de 1987. Jogo disputado em 4 de julho daquele ano.

quarta-feira, 31 de março de 2010

2005 - campeão da Série A2



Após anos vestindo uniformes modestos, o Juventus disputou a Série A2 do Campeonato Paulista com uma camisa com etiqueta da Zona Livre, tradicional loja de esportes da Rua 25 de Março. Na manga esquerda, trazia o logotipo da marca alemã de materiais esportivos Uhlsport. O distintivo do clube era em transfer, e não bordado como no uniforme anterior.





Jogo do Título
26/06/2005 Juventus 2 x 1 Noroeste-SP - Campeonato Paulista da Série A-2
Estádio da Rua Javari
Gols do Juventus: Johnson, Luiz Carlos
Juventus: Marcelo (G), Ivan (Fabiano), Luiz Carlos, Gilvan, Tobi, Hugo, Leandrinho, Márcio Pinho, Johnson (Renan), Manu (Gilmar), João Paulo. Técnico: Edu Marangon

Campanha:
Jogos: 25
Vitorias: 15
Empates: 05
Derrotas: 05
Gols Pró: 49
Gols Contra: 28
Saldo: 21

Ano: 2005
Fabricante: Zona Livre / Uhlsport
Patrocínio: não tem

domingo, 21 de março de 2010

2001 - Copa Coca-Cola



No segundo semestre de 2001, a Federação Paulista de Futebol organizou um torneio em parceria com a Coca-Cola, que levou o nome do refrigerante e foi transmitido pela televisão pela Record.

Participaram times tradicionais do Estado, todos eles trazendo no peito o nome da cidade na qual estavam sediados, mais o nome do patrocinador e o logotipo da competição. Na manga esquerda, o distintivo da FPF.

Todas as camisas foram fabricadas pela Umbro. A do Juventus possuía um tom muito escuro, praticamente vinho.

O Bandeirante de Birigui venceu o torneio, que no ano seguinte passou a se chamar Copa Federação Paulista. Em 2007, o Juventus levou o caneco numa disputa histórica na Rua Javari. A partir do ano seguinte, a competição mudou novamente de nome, agora Copa Paulista.



As camisas da Copa Coca Cola são raras de serem encontradas e, por terem sido fabricadas pela tradicional marca inglesa de equipamentos futebolísticos Umbro, são cobiçadas não apenas pelos fanáticos juventinos, mas pelos colecionadores de camisas em geral.

Ano: 2001
Fabricante: Umbro
Patrocínio: Coca-Cola

sexta-feira, 19 de março de 2010

2007 - rumo a Tóquio

Quem esteve na Rua Javari no dia 25 de novembro de 2007 presenciou um dos maiores jogos da história do Juventus e do pequeno e aconchegante estádio. O clube da Mooca perdeu o jogo pelo placar de 3 a 2 para a Linense, diferença mínima que lhe garantiu o título da Copa Federação Paulista de Futebol e a conquista do Troféu Heróis de 1932.

O placar não reflete exatamente como foi o jogo, pois o Juventus sofreu 3 a 1 no último minuto de jogo, num pênalti, e conseguiu marcar o segundo gol (e o gol do título) numa bola rebatida na área do Linense, que sobrou para João Paulo. O outro gol do Juventus foi marcado no primeiro tempo, num chute de fora da área de Elias, hoje atuando no Corinthians. O atacante Jhonny ainda perdeu um pênalti, para dar mais drama à partida.



A tamanha dramaticidade do jogo e o espetáculo promovido pela torcida do Juventus levou a produtora Oka e o diretor Rogério Zagallo a produzir o curta metragem Juventus Rumo a Tóquio, imediatamente tornado objeto de veneração pela fanática torcida grená.

Juventus 2 x 3 Linense

Local: Estádio Conde Rodolfo Crespi (Rua Javari), em São Paulo-SP
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima
Cartões Amarelos: Valdir (Juventus); Fausto, Rocha, Elias (Linense)
Gols: Elias, aos 15’/1T e João Paulo, aos 49’/2T (Juventus); Gilsinho, aos 41’/1T, Schizo, aos 38’/2T, Fausto, aos 47'/2T (Linense)

Juventus
Marcelo; Renato, Levi e Almir; Valdir (Liminha), Glauber, Cadu (Ivan), Elias (Igor) e João Paulo; Jhonny e Márcio.
Técnico: Márcio Bittencourt

Linense
Gilberto; Marcelo (Schizo), Samuel, Jordan e Elias (Regivan); Rocha, João Carlos, Gilsinho e Serginho; Fabinho (Marcus Vinicius) e Fausto.
Técnico: Vilson Tadei



A camisa usada nessa ocasião histórica era um modelo da Finta, limpa do patrocínio do CompreBem, em razão do término da parceria com o Pão de Açúcar.



Ano: 2007
Fabricante: Finta
Patrocínio: não tem

1989 - a camisa que vale uma bicicleta

Uma partida contra o Corinthians, no Pacaembu, em 14 de maio de 1989 marcou a carreira do jovem atacante juventino Silva. De bicicleta, arrematou uma bola aérea e surpreendeu o goleiro Ronaldo. De uma hora para outra, Silva virou celebridade do futebol.



Naquele dia, o Juventus utilizava a tradicional camisa da Adidas com o patrocínio do Grupo Industrial Trofa, fabricante de panelas e artefatos de alumínio. A Trofa, tradicional fábrica mooquense de panelas e equipamentos de cozinha situada na Rua Olímpio Portugal e comandada por Vincenzo e Alberto Trofa, patrocinou o Juventus em 1989 e 1990. Nos anos 2000, a Trofa investiu no futebol feminino do clube.

Essa foi a última camisa fabricada pela Adidas a ser utilizada pelo Juventus. Em 1991, o Moleque Travesso já estaria em campo vestindo outra marca.



Ano: 1989-1990
Fabricante: Adidas
Patrocínio: Grupo Industrial Trofa

domingo, 21 de fevereiro de 2010

1984 - a camisa clássica




O meia-esquerda Gatãozinho comemorando Gol na Rua Javari

Este é o modelo mais clássico da camisa do Juventus. Adidas, gola em V, três listras nos ombros e um grená não muito escuro, mais puxado para o vermelho. Este modelo durou imutável, apenas com pequenas modificações no logotipo "Trefoil" da Adidas, até 1990 quando a marca parou de fornecer uniformes para o clube. Durante este período, diversos patrocinadores passaram pela Javari, mas a camisa que marcou é esta, sem a estampa de nenhum anunciante.

Com esta camisa, o Moleque Travesso disputou o segundo tempo da final da Taça de Prata em 1983 e foi campeão do Torneio Início do Campeonato Paulista de 1986, em acirrada disputa contra o Santo André, que só foi resolvida nos pênaltis. O título tem uma curiosidade: o Juventus sagrou-se campeão invicto, porém empatou todos os jogos e não marcou nem sofreu nenhum gol, selando sua classificação nas chaves graças ao número de escanteios e às cobranças de pênaltis!

A Liga Retrô fabrica uma réplica deste uniforme, para os saudosistas, em parceria com o Clube Atlético Juventus, aludindo a ele como sendo o usado na conquista do título da Taça de Prata em 1983.

Em breve, na Camiseteria di Mooca (loja do Miojo), na Rua Javari nº 370, muito frequentada pela torcida local e visitante, será lançado um modelo semelhante.

Ano: 1984
Fabricante: Adidas
Patrocínio: não tem

1991 - a primeira depois da Adidas




Em 1991, a Adidas, após ter fornecido o uniforme grená por cerca de 12 anos, despediu-se do clube, deixando um legado de camisas cobiçadas e desejadas por colecionadores e fanáticos pelo Moleque Travesso. Nos anos 80, a Adidas fornecia material esportivo para dezenas de times no Brasil, mas com o futebol e os seus negócios cada vez mais profissionalizados e especializados, a marca alemã foi modificando sua atuação no País. Em 1992, ela se despediria o mercado brasileiro, tendo sido seus últimos clubes Flamengo e Palmeiras, e só voltaria em 1996, no São Paulo.

Quanto ao Juventus, encarando a nova realidade, passou a usar uniformes de uma modesta marca brasileira, que depois desapareceu: a Stromboli.

Ano: 1991
Fabricante: Stromboli
Patrocínio: não possui

2004 - camisinhas e pneus




O Juventus jogou a série A-1 do Paulistão em 2004 com uma camisa que chamou atenção por seu inusitado patrocinador, os Preservativos Preserv. A camisa era produzida pela Koontz, uma marca pequena sediada no bairro do Brás, em São Paulo, a poucos minutos do estádio da Rua Javari, e possuía muitos detalhes brancos nas mangas e nas laterais. Além da propaganda das camisinhas na parte da frente, nas costas o Juventus divulgou a Colonial, conhecida loja paulistana de pneus e rodas.

Com o apoio da Euroexport e a revelação Wellington Paulista no ataque, o técnico e ídolo Brida e a diretoria do Moleque Travesso apostavam em vaga nas quartas-de-final. Mas o time não se acertou e venceu apenas duas partidas. Mas a má campanha foi "ofuscada", digamos assim, pela ainda pior performance do Corinthians, que lutou com o Juventus até a última rodada para se salvar da degola.

E foi assim que esta camisa protagonizou a inusitada partida entre Juventus e São Paulo disputada no estádio Anacleto Campanella, na qual se desenrolou o fatídico episódio em que o atacante tricolor Grafite marcou dois tentos contra o gol juventino, rebaixando o Moleque Travesso e salvando o Corinthians da degola.

O jogo contra o São Paulo marcou ainda a primeira transmissão em TV aberta de um jogo do Juventus em sete anos! Uma marca que fazemos questão de registrar no blog para demonstrar o quanto de descaso e indiferença a televisão e a mídia em geral fazem para um "time pequeno".

Assim, usando esta camisa, o Juventus amargou o quarto rebaixamento da sua história, deixando a primeira divisão, onde estava desde 2002, para voltar apenas em 2006, após o título da segundona em 2005.

Ano: 2004
Fabricante: Koontz
Patrocínio: Preservativos Preserv (frente) e Colonial Pneus e Rodas (costas)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

2006 - a camisa mais feia da história





foto extraída do Jogos Perdidos.


A parceria entre o Juventus com o Pão de Açúcar rendeu a bela camisa fabricada pela Nike e usada no Paulistão sub-20 de 2006.

Porém, também rendeu a camisa que considero a mais feia já vestida pelo time de Rua Javari. Sem marca de nenhum fornecedor, o Juventus jogou a Taça São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro de 2006, com uma camisa bem simples. Simples até demais...

É que em janeiro de 2006, o Juventus não contava mais com o fornecimento da Zonalivre/Uhlsport, mas para a reestreia na série A1 do Paulistão, em fevereiro, já havia fechado o retorno da Finta para o time principal. Enquanto isso, o Grupo Pão de Açúcar trouxe uniformes Nike para a sub-20. Assim, o Juventus se livrou do uniforme obscuro de janeiro.

Ano: 2006
Fabricante: desconhecido
Patrocínio: CompreBem

2006 - a camisa da Nike




foto extraída do Jogos Perdidos.

Esse é um dos uniformes mais raros e cobiçados pelos amantes das camisas grená. É resultado da parceria que o C.A. Juventus mantinha com o Grupo Pão de Açúcar nas categorias de base. O Juventus disputou o Paulistão sub-20 de 2006 vestindo uma bela camisa Nike com patrocínio do supermercado de Abílio Diniz.

Veja mais fotos desta camisa aqui.

Ano: 2006
Fabricante: Nike
Patrocínio: Pão de Açúcar

1983 - estrela de prata




A camisa do título da Taça de Prata de 1983 foi adornada com uma estrela sobre o distintivo. A estrela desapareceu após a mudança de modelo, no ano seguinte.


Aqui vemos o time campeão da Taça de Prata de 1983, que equivalia ao atual Campeonato Brasileiro da Série B. Em pé, da esquerda para a direita: Carlos Pracidelli, Nelsinho, Deodoro, Assis, Bizi, Nelsinho Baptista e Elias Pássaro, o massagista. Agachados: Sidnei, Cesar, Cidão, Gatãozinho e Wilsinho.

Ano: 1983
Fabricante: Adidas
Patrocínio: não tem

1981 - mangas brancas



Este obscuro modelo Adidas foi utilizado por pouco tempo. As mangas brancas em corte raglan foram uma inovação que não agradou, e logo o Juventus voltaria a usar um manto todo grená.



Na foto acima, tirada antes da partida contra o Botafogo-SP, válida pelo Campeonato Paulista de 1981 os jogadores do Juventus em pé (da esquerda para a direita): o goleiro Sérgio, Bizi, Cardoso, Nedo, Cedenir e Deodoro. Agachados: Ataliba, Gatãozinho, César, Geraldão e Wilsinho

Ano: 1981
Fabricante: Adidas
Patrocínio: não tem

1983 - Taça de Prata



Camisa da campanha do título da Taça de Prata, equivalente ao que hoje seria o Campeonato Brasileiro da Série B, em 1983.

Essa camisa foi usada no primeiro tempo da final de 1983. Em diversas partidas e no segundo tempo daquele jogo histórico, porém, foi utilizado o famoso modelo com gola grená em V.

Após a conquista, foi acrescentada uma estrela branca sobre o escudo do Juventus, mas a novidade durou pouco tempo.

A Liga Retrô, em parceria com o Clube Atlético Juventus, fabrica, para os saudosistas, uma versão retrô desta camisa, em honra ao título da Taça de Prata.

Como foi a disputa do Campeonato Brasileiro de 1983

O regulamento criado pela CBF dividia os clubes em duas divisões: a Taça de Ouro, com os melhores classificados nos campeonatos estaduais, mais os convidados pela CBF, e a Taça de Prata, com os times que não conseguiram vaga para a Taça de Ouro. O

Os clubes piores classificados na Taça de Ouro na primeira fase, disputavam a segunda fase na Taça de Prata, e os melhores da Taça de Prata subiam para a Taça de Ouro. Ou seja, o rebaixamento acontecia durante o campeonato, permitindo a um time da segunda divisão subir e conquistar o título da primeira no mesmo ano, bem como a um time da primeira divisão ser rebaixado, mas conquistar o título e voltar à elite no ano seguinte.

Foi o que aconteceu com o Juventus. Ele começou a disputa entre os times paulistas da Taça de Ouro.

Na Taça de Ouro, o Juventus foi eliminado precocemente, finalizando a participação em 35º lugar. Desembarcando na Taça de Prata, consagrou-se como campeão, num dos títulos mais enaltecidos pela torcida grená da Mooca.

Campanha:

1ª Fase Taça de Ouro - Grupo F
Juventus 0-0 Vila Nova
Juventus 0-0 Atlético-MG
Rio Branco 1-1 Juventus
América-RJ 2-0 Juventus
Juventus 3-2 Rio Branco
Juventus 1-3 América-RJ
Vila Nova 1-0 Juventus
Atlético-MG 1-0 Juventus

Repescagem
Goiás 2-2 Juventus (1-0 na prorrogação)

2ª Fase Taça de Prata
Juventus 3-1 Itumbiara
Itumbiara 1-1 Juventus
Juventus 3-2 Galícia
Galícia 1-2 Juventus
Joinville 0-0 Juventus
Juventus 2-1 Joinville

Final
CSA 3-1 Juventus
Juventus 3-0 CSA
Juventus 1-0 CSA

O Juventus jogou o último jogo da melhor de três com Carlos Pracidelli; Nélson, Deodoro, Nelsinho Batista, Bisi; César, Paulo Martin, Gatãozinho; Sídnei, Ilo (Bira), Cândido. O técnico era Candinho. O gol foi marcado por Paulo Martins de pênalti. O jogo foi realizado no Parque São Jorge, em São Paulo.

Dentre os 48 times que disputaram a Taça de Prata estavam os paulistas Guarani, Botafogo, São Bento e a Portuguesa. Além deles estavam Remo, América Mineiro, Ceará, Fortaleza, Coritiba, Bonsucesso e Volta Redonda.

Ano: 1983
Fabricante: Adidas
Patrocínio: não tem

2010 - Paulistão A3




O Juventus venceu hoje o Batatais por 5 a 1 na Rua Javari vestindo um uniforme Deka, com o mesmo desenho do ano passado, mas com novidades em relação ao ano passado: numeração com tipografia Puma (padrão Copa de 2006) e patrocinadores novos: o banco português Banif e as tintas Lukscolor.

O clube vive uma certa instabilidade de uniformes, semelhante à da última época da Finta. Existem 3 modelos diferentes da Deka que o time vem utilizando, mas ao que tudo indica, pode ser que seja fixado o uniforme utilizado hoje, em razão dos patrocinadores.

Ano: 2010
Fabricante: Deka Sports
Patrocínio: Banif Banco e Lukscolor

1979 - Adidas




Esta camisa foi utilizada na temporada de 1979. Ao que parece, foi a estreia da Adidas no fornecimento de uniformes para o Moleque Travesso. Como novidade, a introdução das tradicionais três listras da marca alemã nos ombros. Até então, marcas como Hering, Athleta e Dell'Erba eram as fornecedoras dos uniformes do Juventus de malha de algodão, inteiramente grenás, apenas com a gola e os punhos, eventualmente, brancos. A Adidas introduziu também o tecido acrílico.

Ano: 1979
Fabricante: Adidas