domingo, 31 de outubro de 2010

1992 - apoio da Universidade São Judas

A comunidade e os empresários mooquenses deveriam investir mais no Juventus, patrocinando, apoiando. Cansamos de ver marcas locais e regionais estampando seus logotipos nas camisas dos clubes do interior, o que não ocorre com frequência no time da Mooca. Uma rara exceção foi o Grupo Industrial Trofa, tradicional fábrica de panelas e equipamentos de cozinha situada na Rua Olímpio Portugal, que patrocinou a camisa do time principal entre 1988 e 1990 e recentemente apoiou a equipe de futebol feminino.

Dentre os muitos orgulhos do bairro da Mooca estão o Clube Atlético Juventus, razão da existência deste blog, e a Universidade São Judas Tadeu, que surgiu como cursinho de admissão para o ginásio, em 1947 e, pelas mãos do professor Alberto Mesquita de Camargo, se transformou em colégio e, depois, em uma das principais instituições de ensino superior particulares de São Paulo.

Pois em 1992 a Universidade São Judas Tadeu deu seu apoio ao Moleque Travesso na disputa da Taça São Paulo de Juniores daquele ano. Uma dobradinha que poderia e deveria se repetir mais vezes. Não só com a São Judas, mas também com outras empresas prósperas do bairro e da região, que poderiam atrelar sua marca ao clube, criando identidade com a comunidade e gerando um bom retorno.



Prova viva do potencial do marketing esportivo nesse sentido foi o providencial patrocínio dos Armarinhos Fernando na camisa da Portuguesa de Desportos em 1996, divulgando no Brasil inteiro o nome das lojas paulistanas.

E como disse o Comendador Alberto Trofa, "Se der a palavra, não volte atrás."

A foto que ilustra este post foi tirada em 04/01/1992 e pertence ao arguivo da Gazeta Press. Nela são retratados os jogadores do Juventus(da esquerda para a direita): Marquinhos, Jamil, César e Alex, durante apresentação do elenco que se prepara para a disputa da XXIII Taça São Paulo de Juniores de 1992.

Ano: 1992
Patrocínio: Universidade São Judas Tadeu
Marca: desconhecida.

EM TEMPO, no Twitter, reclamei da falta de apoio da Mooca para com o Juventus, e este twitt foi escolhido pelo jornal Diário de S. Paulo como um dos twitts de destaque do dia dos paulistanos sobre a cidade! Veja clicando aqui.

sábado, 23 de outubro de 2010

2008 - camisa do futebol moderno

Em 2008, o Juventus mais uma vez disputou a primeira divisão do Campeonato Paulista e tinha a Copa do Brasil pela frente. O time tinha uma boa base, e as esperanças de gol vinham dos pés do prata-da-casa que, veterano, retornava: Fernando Diniz.

Investindo no marketing e querendo reforçar o time, o presidente Armando Raucci, que já havia trazido nomes de peso como Viola, para jogar no clube da Mooca, causou polêmica ao trazer Vampeta. O velho Vamp já não era mais o mesmo do Corinthians, mas a aposta podia se basear numa certa tradição juventina em trazer jogadores consagrados que fizeram fama jogando pelo alvinegro, vítima favorita das molecagens do Travesso. Assim fora com Baltazar (o Cabecinha de Ouro), Luizinho (o Pequeno Polegar), Geraldão e outros.



Os holofotes viraram-se para a Rua Javari graças ao falastrão Vampeta. E,como constava na estratégia da diretoria do clube, atraiu vários patrocinadores para sustentar o elenco. A Andra, loja de materiais elétricos, estampou a frente da camisa. Phelps Dodge, marca de fios e cabos, ficou com as costas. A Intermédica, dos planos de saúde, colcou seu logotipo nas mangas. E ainda sobrou um espaço abaixo dos números, nas costas, para a marca da Venice, concessionária de automóveis FIAT, que apareceu após as primeiras rodadas.

A camisa ficou bem "vendida", e também vendeu bem entre os torcedores: fabricada pela Finta, tinha detalhes em branco, abandonando o dourado do ano anterior. O toque que contrariava parte das arquibancadas era o escudo no centro da camisa, ao invés de ficar do lado esquerdo do peito.



No campeonato, o Juventus foi muito irregular desde o começo, mas até se apresentou bem algumas vezes. O técnico Sérgio Soares costumava escalar Valdir, Dedimar, Alemão e João Paulo; Vampeta, Fernando Miguel, Naves e Cadu; Marcus Vinícius e Lima, aproveitando a base do vitorioso time de 2007, campeão da Copa Federação Paulista.

Deu tempo de aprontar travessuras. Enfiou 3 a 1 contra o Santos, em jogo inesquecível no estádio Bruno José Daniel. Empatou com o Corinthians em 2 a 2, buscando por duas vezes igualar o marcador. Enfiou 3 a 0 no São Caetano. Mas perdeu 10 vezes e acabou rebaixado para a Série A2.

Na Copa do Brasil, o Juventus não fez feio. Começou mal, levando um sarrafo do Coruripe de Alagoas: 4 a 1. Precisava reverter na Rua Javari esse péssimo resultado. E conseguiu: apoiado pela torcida, o Moleque Travesso devolveu o pacote de gols, 5 a 1.





O dois gols de Lima na vitória por 2 a 0 contra o Náutico, em Santa Bárbara d'Oeste, na segunda fase, encheram o peito juventino de esperança. Mas o Timbu fez 3 a 0 nos Aflitos, e mandou o Juventus de volta para casa.

No segundo semestre, por motivos misteriosos, o Juventus não usou esta camisa, voltando a atuar com o uniforme de 2007.



Ano: 2008
Fabricante: Finta
Patrocinador: Andra, Phelps Dodge, Intermédica e Venice Fiat.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

1979 - camisa branca da Adidas



Ah, nossa camisa branca também é linda, principalmente nessa combinação: uniforme todo branco.

Nessa foto da Gazeta Press, Tata e Ataliba comemoram o primeiro gol do Moleque Travesso durante a partida contra a Francana, realizada em 28/10/1979 pelo Paulistão, na Rua Javari, e vencida pelo Juventus por 3 a 0. Reparem que tanto o Moleque quanto a Feiticeira usavam uniformes da marca das três listras. Outros tempos!

Gola redonda, os frisos nos ombros, camisa imaculada de patrocínios. Raro encontrar uma camisa dessas hoje em dia.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

foto - bela réplica da Premier

A camisa abaixo é a mais antiga que eu tenho. Pelo menos, eu acho. Se não é, é a mais bem conservada, certamente.

Fabricada pela marca Premier, que anos depois seria rebatizada de Finta, é uma réplica de uma camisa juventina da Adidas, aquela que ficou marcada por vestir o Moleque Travesso nos anos 80.

Segundo seu antigo dono, ela fora comprada numa loja e nunca utilizada. O número é aveludado ainda e o distintivo é bordado e costurado no pano, que é mais avermelhado do que propriamente grená.



O difícil é saber o ano da bichinha. Isso em razão das mangas raglan e do friso branco na lateral e nos contornos da manga da camisa. Somente achei um modelo igual no álbum de fotos do ex-jogador Sidney, no Orkut. Na foto abaixo, Sidney é o da esquerda, ao lado do companheiro de time Silvio, que veste um uniforme completo da Adidas. Não sei nem o ano da foto, nem o ano da minha camisa...




Uma coisa é certa: a camisa é original e antiga. Acredito que seja de 1982, pois em 1981 a camisa tinha mangas raglan brancas e do ano seguinte em diante, as mangas passaram a ter corte reto.

Com esta camisa eu inauguro as postagens de fotos de camisas do Juventus. Até então nosso blog se limitava a postar desenhos de reproduções de uniformes. Porém quero abrir espaço para histórias, causos, lendas e tudo mais que envolva nosso time querido.

Quem tiver fotos e quiser colaborar, é só entrar em contato pelo e-mail.