domingo, 11 de dezembro de 2011

Figurinhas: Nelsinho Baptista

No melhor estilo Futebol Cards da Ploc, abro hoje a seção de figurinhas do Juventus.

O primeiro homenageado é Nelsinho Baptista, que hoje desempenha um ótimo trabalho como treinador do Kashiwa Reysol, campeão japonês de 2011. Muitos devem lembrar dele como campeão brasileiro de 1990 pelo Corinthians, ou da Copa do Brasil em 2008, pelo Sport.

Mas o que interessa para nós é que, como lateral direito, vestindo a camisa grená, ajudou o Juventus conquistar a Taça de Prata de 1983.




Se tiver sugestões de homenageados para esta seção, entre em contato pelo email hamilton@juventus.com.br

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Molecas Travessas

O Juventus sempre teve tradição no futebol feminino. Ele é praticado competitivamente até hoje, e até rende aparições na televisão, como em gravações para programas esportivos da RedeTV!. No site do clube têm vários vídeos.

Na década de 1980 era forte o futebol de salão. A equipe feminina foi tricampeã paulista. Venceu o primeiro campeonato, em 1985, de forma invicta e manteve uma invencibilidade de mais de 25 jogos.

Márcia Onório era o destaque da equipe treinada por Geraldo Costa: fez 10 gols naquele torneio. Em 1986 veio o bi e a camisa passou a ostentar, vejam só, duas estrelas sobre o distintivo, como pode ser visto na foto abaixo, publicada na revista Placar.


Em 1987 a estrela do time era Roseli. Moradora da Vila Alpina, levou a equipe ao tri e ao inédito campeonato brasileiro, do qual foi artilheira com 12 gols. Vejam só a camisa, já com três estrelas. E diferente da camisa do time profissional, era fabricada pela Premier (marca que futuramente passaria a se denominar Finta), mas o patrocínio era o mesmo: Grupo Industrial Trofa.


Olha a Trofa aí de novo, patrocinando a camisa do futebol feminino em 2008 - mas, agora, futebol de campo. A bela sorridente é a atacante Bruna Castro, que, por curiosidade, formou-se em moda apresentando um TCC sobre uniformes esportivos com modelagem feminina. Ela reclamava das camisas largas e desajeitadas, justamente como eram as fabricadas pela Koontz para o Juventus...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Checklist: camisa Borcol

Já falamos da camisa com patrocínio da Borcol aqui. Essa é uma das camisas mais bacanas que o Juventus já vestiu, na minha modestíssima opinião. As camisas Adidas do Juve são praticamente unanimidade entre os apreciadores de camisas, e este patrocínio caiu bem no meu gosto.

Graças ao amigo Maurício Coelho essas duas peças entraram na minha coleção, a branca e a grená.

Seguem as fotos para nosso registro e para que o Maurício possa ficar tranquilo de que elas estão sendo bem cuidadas.

sábado, 5 de novembro de 2011

A camisa do Wellington Paulista

Jogador que tem orgulho de suas origens mooquenses, Wellington Paulista estreou no futebol profissional vestindo a camisa do Juventus, em 2003.

Naquela época o Moleque Travesso tinha parceria com a Euroexport, que acabou não dando certo. Nenhuma campanha memorável e um triste hiato entre uma histórica participação no Brasileiro da Série C e um rebaixamento à segunda divisão paulista.

Enfim, voltando ao assunto, Wellington Paulista debutou vestindo um modesto manto fabricado pela pequena marca Koontz, que vestia o Juventus naquela época.

E eis que apareceu uma camisa dessa época, e personalizada com o nome do atacante. Luís Santana, colecionador de camisas do Rio de Janeiro, conseguiu uma rara peça, na cor branca, envergando o número 29 nas costas. Veja as fotos abaixo:





Ano: 2003
Fabricante: Koontz
Patrocínio: Euroexport

Esse modelo de uniforme até hoje é vendido como camisa de torcedor em lojas como a Camiseteria di Mooca.

Já havíamos mostrado no blog uma outra camisa da Koontz, com patrocínio da Euroexport, também usada no mesmo período, mas não no Campeonato Paulista.

Faça como o Luís Santana, se você possui alguma camisa do Juventus e quer que ela seja mostrada aqui no blog, escreva para hamilton@juventus.com.br. Não precisa ser uma camisa rara, antiga, nada disso. Basta você ter alguma boa
história para contar sobre ela.

domingo, 16 de outubro de 2011

Coleção de distintivos do Juventus

Saiu recentemente pela Panda Books o livro Os Distintivos de Futebol mais Curiosos do Mundo, de José Renato Sátiro Santiago Jr e Luiz Fernando Bindi. Ainda não tive tempo de lê-lo, mas certamente deve ser uma obra sensacional, fonte de pesquisa para todos os interessados pelo lado cultural do esporte. Como o saudoso Bindi, mentor do projeto do livro, era juventino, na certa o escudo do Juventus está em alguma das páginas do livro. Mas acredito que lá vocês não encontrarão o que apresento aqui.

Reuni abaixo uma coleção de distintivos do Juventus, extraídos de imagens na internet, páginas de revista Placar escaneadas e, claro, fotos tiradas de algumas dentre as mais de 40 camisas grenás e brancas que compõem a minha coleção de fardamentos futebolísticos.

Esse material inédito na internet e em qualquer outro lugar do planeta ainda é incompleto. Muitos distintivos diferentes que o Juventus utilizou alguma vez em bandeiras, publicações e camisas não puderam estar aqui devido a falta de material para pesquisa. Mas conforme eu for achando, prometo atualizar o infográfico.


Clique para ampliar.



Aí em cima estão oito distintivos do Juventus, de épocas diferentes.

O primeiro, no alto à esquerda, é o escudo oficial, disponível no site oficial do clube e em todos os produtos e publicações oficiais da agremiação. Trata-se de um redesenho mais aperfeiçoado do clássico jota de grafia em estilo britânico de meados do século XX. Esse estilo de distintivo, com uma letra bem desenhada, se fez presente no início do futebol brasileiro para identificar clubes como Palmeiras, Goiás, Corinthians, Guarani etc., mas quase todos os clubes remodelaram seus escudos. O Palmeiras este ano resgatou o seu "P" solitário em sua camisa.

O segundo distintivo que trazemos é uma reprodução do que era bordado nas camisas dos jogadores em meados dos anos 1950 e 60. Jogadores como Clóvis, Mão de Onça e Baltazar, o Cabecinha de Ouro, vestiram fardamento com os dizeres "C.A. Juventus - São Paulo" circundando o Jota grená.

O terceiro distintivo é uma versão em negativo do tradicional escudo, ou seja, com o fundo branco e o contorno avinhado. Geralmente era aplicado nas camisas brancas, mas que também aparecia, de vez em quando, nas camisas grenás, como é o caso desta do infográfico, retirado de uma camisa de 1972. O escudo é irregular, bordado à mão, mas mesmo assim cheio de detalhes.

O quarto distintivo era costumeiramente utilizado em publicações impressas, como jornais e revistas. Nos anos 1970 e 80, esse escudo desenhado e simplificado era utilizado por esses periódicos, já que o equipamento gráfico não tinha muita qualidade para reproduzir algo com qualidade melhor. Muitos clubes eram representados por versões toscas de seus distintivos, desenhados da maneira possível para impressão. E se reparar bem, um distintivo enorme, muito parecido com este enfeita há mais de trinta anos a parte superior da entrada e das escadas da arquibancada coberta do estádio da Rua Javari, saudando quem atravessa os portões monumentais da cancha.

O quinto distintivo é tão clássico quanto a camisa da qual foi retirado. É o escudo que adornava as clássicas camisas Adidas que o Moleque Travesso vestiu entre 1979 e 1990. Estampado num processo chamado de flocagem, que dava a textura aveludada, o distintivo possuía ligeira diferença para o escudo oficial.

O sexto distintivo tem um formato mais envolvente ao círculo que o contorna. Era usado nas camisas entre 1991 e 1996 por várias fabricantes: Firula, Hawk e Goalkepper. Talvez sua longa permanência e migração de uma confecção à outra se deva ao fato de ter sido um desenho vetorizado em algum programa de computador pelo clube, e fornecido às empresas.

O sétimo distintivo é um dos que mais circula pela internet. É utilizado em montagens, camisetas de torcedores e também apareceu em uniformes, entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, sobretudo na era EuroExport. Esteve presente nas camisas feitas pela Koontz e Umbro. Certamente sua permanência tem a mesma explicação da do sexto distintivo desta coleção: foi vetorizado pelo clube e distribuído às fornecedoras do material esportivo. Sua última aparição foi no uniforme de 2004.

O oitavo distintivo é igual ao primeiro, perceberam? É o logotipo oficial, finalmente desenhado com perfeição e que estreou em 1997, bordado na camisa fabricada pela Uhlsport, uma das mais lindas que o Juventus vestiu. Mas o distintivo fiel ao desenho oficial somente voltou definitivamente a dar suas caras em todo o material do clube e nas camisas de jogo desde 2005, no fardamento que conquistou a A2. Com a entrada da Finta, em 2006, passou a ser novamente bordado. A partir de 2011, a fabricante Deka inseriu uma estrela de prata em alusão ao título Brasileiro de 1983.

E você pode copiar e guardar essa singela coleção de distintivos que o blog Manto Juventino apresenta neste especial.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Manto Juventino na AllTV

No mês passado participamos do programa FATV (Futebol Alternativo) da AllTV e mostramos um pouco da nossa coleção de camisas grenás. Falamos sobre as camisas do Juventus e algumas curiosidades sobre a história do clube.

A íntegra do programa está aqui:

FATV 213 from Alltv Fim de Semana on Vimeo.

sábado, 10 de setembro de 2011

O Juventus e o patrocínio das camisinhas

O Corinthians anunciou que irá divulgar uma marca de preservativos no seu já loteado uniforme de jogo.

Porém, antes que a imprensa e o nosso querido e velho freguês do Tatuapé comecem a alardear pioneirismo nesse tipo de jogada de marketing, é bom ir avisando que o Juventus já foi patrocinado por uma marca de camisinhas muito antes, em 2004. Já falamos disso aqui.

Não faço ideia se o Juventus foi mesmo o primeiro a desvirginar esse tipo de propaganda para produtos, digamos, íntimos. O fato é que a camisa foi utilizada durante o Campeonato Paulista da série A1 em 2004. Na ocasião, também patrocinava o uniforme a loja Pneus Colonial.

Em campo, brochamos. Fomos rebaixados com uma derrota por dois gols para o São Paulo. Dois gols de Grafite, que salvou o Corinthians da degola naquele ano.

As fotos abaixo são de uma camisa daquele ano, utilizada em jogo e pertencente à coleção do blogueiro.



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Comissão técnica ganha patrocínio

No futebol atual, os clubes se entopem de patrocinadores para manter seus atletas e sobreviver. E até os uniformes da comissão técnica entram na dança. Algumas marcas até bancam salários integrais de técnicos ou dos astros dos times. Santos e Palmeiras já lotearam as camisas e agasalhos de seus treinadores, fazendo-as parecer macacões de Fórmula 1.


Aos poucos, esse novo espaço dos uniformes dos treinadores e membros da comissão técnica é descoberto pelos patrocinadores. Esses profissionais aparecem várias vezes durante as transmissões na TV, e assim garantem a exposição das marcas. Técnicos midiáticos, que gesticulam, vociferam e comemoram gols como se eles próprios tivessem marcado também chamam a atenção e aparecem ainda mais.

E para os lados da Mooca essa realidade começa a aparecer. Karmino Colombini e seus auxiliares apareceram para o jogo contra o São José, pela Copa Paulista, sábado (3/9/2011), vestindo uma camisa grená com uma faixa azul celeste e o logotipo da Lagos.


Não consegui descobrir do que se trata tal empresa, embora tenha a impressão, pelo logotipo e o uso do azul, se tratar de alguma marca de água mineral. Quem souber resolver este enigma, por favor, entre em contato.

A camisa patrocinada até que ficou legalzinha. O futebol é que foi fraco. Um zero a zero chocho e o Juventus com dificuldade para finalizar a gol.

sábado, 3 de setembro de 2011

Brecha.


É com grande pesar que comunicamos o falecimento do camisa 10 e ídolo juventino Moacir Bernardes Brida, o Brecha, neste sábado (03/09).

Nascido em Itajobi, em 12 de julho de 1948, ganhou na infância o apelido de Brecha e foi um meia de estilo clássico. Começou no Catanduva Esporte Clube em 1965, transferindo-se para o Barretos dois anos mais tarde. Em 1968 começou a fazer sucesso no Juventus, despertando a atenção de grandes times. Em campo, era reconhecido por uma vasta cabeleira e bigode.

No Juventus, Brecha jogou ao lado de jogadores que iriam jogar em equipes maiores como os goleiros Miguel e Sérgio Gomes, Deodoro, Luiz Antônio, Osmar, Ziza e seu irmão Roberto Brida, entre outros. Conquistou em 1971 o torneio Paulistinha e participou da excursão do time à Grécia, em 1972, de onde o clube voltou invicto. O Juventus tinha um time muito bom. Em 1973, ficou oito jogos sem perder para os "times grandes".

Campeão do Paulistinha, em 1971. Em pé: Celso, Brida, Osmar, Oscar Amaro, Carlos e Sérgio. Agachados: Luis Antonio, Adnan, Sérgio Pinheiro, Brecha e Toninho.



Em 1973, o Juventus vendeu seu passe ao Santos por Cr$ 540.000,00. Brecha jogou no time praiano e depois assumiu a camisa 10 após a saída de Pelé. Ao Juventus retornou em 1978, ficando na Mooca até 1979. Passou por Guarani, Botafogo de Ribeirão e por outro grená, o Sertãozinho e mais outros times do Paraná e Mato Grosso do Sul. Foi convocado para a Seleção Brasileira.
Incansável, encerrou a carreira apenas em 1990, vestindo a camisa do Grêmio Catanduvense e atuando como zagueiro.

Ainda como jogador, em 1982, se candidatou a vereador em Catanduva, terra que o acolheu.


Camisa 10 do Juventus entre 1968 e 1972, Brecha tinha 63 anos e lutava contra um tumor desde o ano passado. Em fevereiro deste ano, num momento de recuperação, Brecha e Brida compareceram a uma homenagem a ídolos do passado organizada pelo Moleque Travesso. Porém, meses depois, seu estado de saúde se deteriorou.

O velório está sendo realizado no Cemitério Monsenhor Albino, à Rua Rosa Cruz, 1160, no bairro Jardim Caparroz, em Catanduva.

Com informações de: C.A.Juventus, Terceiro Tempo e Futebol Interior.

sábado, 6 de agosto de 2011

Esquadrão de 1979

Em 1977 profissionalizou-se o fornecimento de uniformes esportivos no Brasil, sendo o primeiro contrato nesse sentido o entabulado entre a S.E. Palmeiras e a Adidas. A narca alemã introduziu os tecidos acrílicos, em substituição à pesada malha de algodão.

Enquanto as malharias tradicionais como Marabá, Sport Spada, Hering, Penalty, Dell'Erba e Athleta buscavam se adaptar aos novos rumos do vestuário esportivo ou então se dedicar a outro ramo, como fornecimento de uniformes escolares, todos os outros clubes brasileiros, pouco a pouco, passavam a se vestir com os tais http://www.blogger.com/img/blank.gifuniformes mais modernos.

O Juventus firmou com a Adidas o fornecimento de uniformes a partir de 1979. Já falamos sobre isso numa oportunidade. O primeiro manto Adidas tinha a gola redonda, branca, as tradicionais três listras sobre toda a extensão das mangas, passando pelos ombros, os punhos brancos e o distintivo de pano, costurado na camisa.

Nessa época, para efeito de comparação, o Corinthians e o São Paulo ainda usavam uniformes de malha com os números costurados nas costas.

Abaixo, mostramos os jogadores juventinos posando com o novo uniforme. O time era comandado por Roberto Brida e a equipe vinha tendo um ótimo desempenho no Paulistão, a ponto de merecer amplo destaque na imprensa. A Rua Javari ficava sempre lotada e o clube social, próspero, contava com 138 mil sócios.



Na foto, vemos Luciano, Cedenir, Bracali, o lendário Brecha, Luiz, César, Paulinho e Wilsinho. Pena que o artilheiro Ataliba não saiu na chapa.

Aqui, outra foto do elenco, com um belíssimo manto de mangas longas:

sábado, 16 de julho de 2011

Camisa vermelha de treino

Já que falávamos de camisas de treino, aqui trazemos uma do nosso acervo particular. Este modelo é do comecinho da era Euroexport, ainda com uniformes da Finta (depois passariam a ser fabricados pela pequena Koontz).





Admito que não tem lá muita graça, aliás, é até meio feia. Acho que a cor não orna muito com o clube.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Camisa amarela?

O site oficial do Juventus publicou uma foto do elenco para a Copa Paulista, que se prepara para a estreia amanhã, contra o São Bernardo, na Rua Javari.

O engraçado é que o elenco posa vestindo uma camisa amarela. Seria um uniforme de treino? Terceira camisa?



Os meiões cinzas são do material de treinamento, mas a camisa amarela por enquanto é novidade. No primeiro semestre, as camisas de treino eram cinzas e havia coletes amarelos (com os nomes dos patrocinadores estampados). Essas amarelas ficaram bonitas.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

1997 - Vice-Campeão da Série C




Em 1997 o Juventus fez uma grande campanha na Série C do Brasileirão. Conduzido pelo treinador Écio Pasca, conseguiu atingir uma sequência de 12 jogos sem perder, que começou com um empate por 1 a 1 com o Rio Branco, na Javari, no dia 30 de agosto e só terminou na derrota por 2 a 1 para o Tupi (MG), em 9 de novembro. Foram dez vitórias e apenas dois empates. As informações são da Federação Paulista de Futebol.

Terminou o torneio na segunda colocação, atrás do Sampaio Correia, e ascendeu à Série B em 1998, quando fez seu primeiro e único jogo na história no estádio do Maracanã - mas esta já é outra história.

A camisa da campanha vitoriosa de 1997 era fabricada pela Uhlsport e levava o patrocínio da tradicional loja mooquense de artigos esportivos Estação do Esporte, nas costas. Durante a competição, o Moleque Travesso recebeu investimento da rede Armarinhos Fernando - que, aliás, tem uma grande loja na Rua Taquari, a poucos metros do Estádio Conde Rodolfo Crespi.

Nas fotos lá em cima, enviadas pelo xará Hamilton Pontes, vemos um modelo sem o patrocínio dos armarinhos.

E nas fotos aqui embaixo, uma camisa da minha coleção, com todos os patrocínios.

Pelas imagens se percebe que a textura do padrão do pano mudou de um modelo para o outro. As camisas eram enormes, largas e compridas, como era a "moda" da época, com gola pólo grená e distintivo bordado. O logotipo do patrocinador nas costas era pintado com uma tinta que saía a cada lavagem...




O uniforme reserva era bem curioso e diferente, mas dele também falaremos em outra ocasião.

Este post dedicamos à memória de Oscar Pires, conselheiro do C.A. Juventus falecido nesta data.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Adidas, ontem e hoje...

Recebemos um e-mail do corinthiano Vinícius Dalben, apaixonado por camisas e admirador do Juventus, que apresenta duas camisas de sua coleção.

Ele escreve:

Ouvi a entrevista ontem no "Fanáticos" e hoje entrei no seu "Manto Juventino" para conhecê-lo. Sou corinthiano, tenho uma pequena coleção de camisas do Corinthians, mas uma das joias raras que tenho é uma camisa do Juventus, a "clássica" da Adidas. Creio que seja de 85, conforme informações que verifiquei nos seus "posts". Tenho admiração pelo time da Mooca há muito e em 2008 consolidei minha ligação com o Juventus depois de debutar na Javari. Na verdade, antes de pisar no estádio, sabia que seria cooptado. Desde então, procuro acompanhar todas as notícias do time.


Só uma correção: essa camisa talvez não seja de 1985, porque não tem a etiqueta com o logotipo da Adidas colorido. Vou considerá-la como sendo de 1986.

O Vinícius tem uma linda e tradicional camisa Adidas e resolveu criar uma camisa moderna da mesma marca, para ver como ficava. Comprou uma camisa grená e colocou o distintivo do Juventus nela, fazendo um "mockup" de verdade, parecido com os modelos de 2006 da marca alemã. Ficou muito bonita!




Certamente se o Moleque Travesso usasse Adidas hoje a camisa seria semelhante a essa.

Obrigado pela contribuição, Vinícius!

E se você também tiver camisas do Juventus, histórias ou qualquer coisa para contribuir conosco, envie para hamilton@juventus.com.br

terça-feira, 24 de maio de 2011

Grená é Juventus e não Corinthians!

O nosso freguês do Tatuapé, aquele que nos proporcionou nosso apelido e mascote "Moleque Travesso", após ser derrotado pelo Juventus em 1930, resolveu fazer uma terceira camisa grená este ano, para homenagear o Torino e os jogadores que morreram no desastre aéreo de Superga em 1949.

Aposto que essa camisa vai começar a pintar com frequência na Javari nos próximos tempos...

Muitos vão lembrar de nós. E vai ser a hora de proclamarmos que somos o verdadeiro grená de São Paulo. Aliás, o único grená com estádio...

O Corinthians merece respeito, pela sua origem popular e operária (igual o Juventus), mas tem as suas cores (aliás, as mesmas que o Juventus usou em seus primórdios, o alvinegro) e não precisa se apropriar da cor dos outros.

No futebol paulista existem grenás de respeito. Tem a Ferroviária e o Sertãozinho. No exterior, tem o Tolima, que dispensa apresentações para os mosqueteiros.

Mas aqui em São Paulo, Grená é Juventus!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Camisa de 2010

Nossa participação no programa Fanáticos por Futebol já rendeu bons frutos. O ouvinte Thiago Guzzo nos escreveu mandando fotos de sua camisa do Juventus e perguntando de que ano ela é.





Thiago, desculpe por eu decepcioná-lo, mas esta camisa é recentíssima. É de 2010. Na verdade esse modelo é usado desde a chegada da Deka ao clube, após a queda para a A3, em 2008, mas o número prateado/cinza é coisa do ano passado, mesmo.

Essa é uma camisa muito bonita e ainda é utilizada pelas categorias de base e pelo time feminino.

Manto Juventino no Fanáticos por Futebol

Ontem este humilde blogueiro teve a honra de participar do programa Fanáticos por Futebol, da Rádio Bandeirantes, apresentado por Marcelo Duarte e Sérgio Patrick.

O tema do programa era camisas de futebol e fui entrevistado para falar da minha coleção e das camisas do Juventus. Também foi entrevistado nosso amigo Daniel Cachello, do blog Manto Alviverde.

Neste link você pode ouvir o podcast do programa.

Marcelo Duarte já havia me entrevistado para o programa Loucos por Futebol da ESPN Brasil, durante o último encontro de colecionadores de camisas no Museu do Futebol. Aliás, perdi a entrevista. Se alguém me viu ou gravou, por favor me conte como foi.

Agradeço ao espaço dado pelo Marcelo Duarte e ao produtor João Barbosa.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Futsal do Juventus ainda veste Puma!

Há vários anos, talvez cinco anos, por aí, o Juventus adquiriu equipamentos da Puma para suas equipes de Futsal, como esta camisa que pertence à minha coleção:





Pois eles ainda são utilizados!

Na foto abaixo, vemos os jovens atletas Matheus Sermino Pozzi e Luiz Felipe Gomes Nogueira, da categoria sub 13, sendo homenageados pelo clube. Eles receberam o Tênis de Ouro da Federação Paulista de Futsal. Reparem o uniforme que vestem.



O sub-13 do Juventus é patrocinado por Santamália Saúde e Colégio Drummond.

Ainda vemos nesta chapa Paulo Barreto de Jesus Junior, da categoria sub 09 e Raphael Monteiro Cavalcanti, da categoria sub 11. Os dois utilizam uniformes Deka com desenho que nunca foi usado pelo profissional.

No site do Juventus está a reportagem inteira de onde extaímos esta foto. Lá é possível ver ainda o presidente Antonio Ruiz Gonsalez partindo o bolo de aniversário do Moleque Travesso!

sábado, 23 de abril de 2011

Por que fracassamos em 2011?

O ano de 2011 começou cheio de expectativa para o torcedor juventino. Uma parceria com um grupo endinheirado, gestão profissional, marketing e elenco e comissão técnica de gabarito prometiam que fariam o time voar.

No entanto, em campo, a desclassificação para a segunda fase do Paulistão A3, afastando o sonho da volta à elite do futebol no Estado - e pior, uma ameaça de cair para a quarta divisão - transformaram os sonhos em pesadelo.



Neste especial em parceria com o Blog do Juva, apontamos os passos da frustrante jornada juventina em 2011.

DESCONFIANÇA DA PARCERIA
O Juventus esteve próximo de fechar uma parceria com o site Meu Time de Futebol (MTDF), que reúne adeptos e fundos para adquirir um time e geri-lo democraticamente por meio da internet. Esse projeto pouco usual e inusitado foi inspirado na experiência do My Football Club, site que administra o capenga Ebbsfleet United, da sexta divisão inglesa.

As revistas Exame e ESPN davam como certo o negócio, até que a diretoria do Moleque Travesso emitiu comunicado oficial negando interesse. O MTDF acabou fechando com o Maguary, da segunda divisão cearense.

A pressão da torcida e dos sócios e conselheiros do Juventus foram os principais entraves à parceria com o site. Esta mesma pressão se transferiu à parceira Planinvesti, que assinou com o clube meses após o episódio Meu Time de Futebol. A desconfiança exigiu esforços dos novos investidores, que precisaram apresentar, de forma transparente, seus interesses.

FORA DE CAMPO, MUITO BARULHO
A parceira logo nomeou o ex-jogador do Corinthians, Bayern e Seleção Brasileira Paulo Sérgio como diretor de futebol. Este, por sua vez, anunciou Viola e Gilmar Fubá como reforços, ganhando repercussão na imprensa.

A equipe de marketing contratada também investiu em buscar apoio da torcida, oferecendo transporte aos jogos fora de casa, eventos festivos, camisas retrô, produtos licenciados e planos de sócio-torcedor. Porém, nada disso aconteceu. Os jogadores figurões não vieram, atividades de marketing como um jogo amistoso foram cancelados e outros sequer saíram do papel.



O uniforme foi apresentado em evento na sede social do clube, que contou com o apoio do blog Manto Juventino e cobertura em tempo real do site Minhas Camisas.

Como pontos positivos, destaca-se a mudança dos jogos em casa em fins de semana do domingo de manhã para o sábado à tarde, bem como a proibição de camisas de times rivais, medidas tomadas após sugestões da torcida. O veterano goleiro e ídolo da torcida Marcelo, de volta, o volante Ramalho (ex-São Paulo e Santo André) e o meia e lateral Marco Aurélio (ex-Santos e Paysandu) eram os atletas mais conhecidos do plantel.

EM CAMPO, UM MAU COMEÇO
Logo na estreia em Paulínia, o Juventus tomou um 3 a 0. A torcida, bem recebida pelos dirigentes da parceria, deu um voto de confiança ao grupo. Mas sentia que o elenco montado era muito inferior ao do ano anterior, montado totalmente pelo clube. Os jogos seguintes viriam a confirmar esta impressão: vitórias com sacrifício, muitos gols perdidos e saldo de gols baixíssimo.

MULHER DE MALANDRO
O técnico Karmino Colombini, responsável pela pré-temporada, largou o clube após a terceira rodada da competição, atraído por uma boa proposta do S.C. Barueri, quando o time começou a se acertar em campo e ocupava o G4. Paulo Sérgio protestou contra a atitude que considerou antiética do treinador.

Os atletas que pareciam poder evoluir com Karmino se perderam completamente e o novo técnico, Ivo Secchi, não conseguiu dar padrão de jogo ao time.



MOMENTO TABAJARA
Com Ivo Secchi o Juventus fez uma campanha digna de rebaixamento: uma vitória, quatro empates e três derrotas. Os jogadores pareciam abalados. Não conseguiam acertar sequer passes curtos, não chutavam a gol, não tinham jogadas ensaiadas e não tinham controle emocional. Em todos os jogos, pelo menos um foi expulso.

A queda de produção coincidiu com um momento ruim do goleiro Marcelo, que falhou seguidas vezes dando gols aos adversários.



O Juventus reabilitou três times que amargavam a lanterna do campeonato. Flamengo, Inter de Limeira e Barueri conseguiram vencer o Moleque Travesso.
A cada jogo, o público na Rua Javari diminuía. O futebol ruim desagradava a todos.

ELES ESTÃO DESCONTROLADOS
Serginho e Rafinha foram a imagem do nervosismo. Expulso contra o Paulínia na única vitória sob o comando de Secchi, Serginho teve atitude hostil contra a torcida, pegou gancho de 5 jogos e nunca mais vestiu a camisa grená. Rafinha arremessou uma garrafa d'água nos torcedores que protestavam atrás do banco de reservas na partida contra o Flamengo que derrubou o comandante.

O Moleque Travesso amargava grave crise, estava na zona de rebaixamento para a série B do Paulistão - a quarta divisão - e começavam os boatos que sempre surgem em momentos de dificuldade: a ameaça de fechamento do departamento de futebol profissional.



NÃO ROLOU QUÍMICA
Os juventinos perderam a paciência. Foram cobrar na saída do estádio da Rua Javari explicações para o desastre contra o rubronegro guarulhense.

No momento mais crítico do ano, a torcida foi acusada de prejudicar a equipe com seus protestos e sua pressão. Salvo raras exceções, como o goleiro Marcelo e o meia Nem, os atletas pareciam não ter tido nenhuma identificação com a camisa que vestiam e o clube que defendiam.

Na internet tudo parecia bem. Pelo Twitter, o gerente de futebol Paulo Sérgio somente dizia que alguns jogadores precisavam "mudar de atitude".

Curiosamente, a derrota que fez Ivo Secchi cair do comando do clube foi noticiada na imprensa como "inesperada" e o trabalho desenvolvido era digno de elogios. Mas não era bem assim.



A NOVA ATITUDE
Muitas coisas mudaram após o fatídico jogo contra o Flamengo e o tête-à-tête dos dirigentes com os torcedores na saída da Javari.

Paulo Sérgio desapareceu do Twitter, embora continuasse participando frequentemente de jogos de showbol na televisão. Não falou mais sobre o time, exceto em notas divulgadas à imprensa.

A equipe de marketing, que batia cabeça com a direção da parceira, deixou de prestar serviços, enterrando o projeto do terceiro uniforme, do qual o blog Manto Juventino havia sido convidado a participar.

Karmino Colombini, demitido do S.C. Barueri, voltou ao Juventus repetindo a passagem bíblica do filho pródigo. Marcelo, lesionado, deu lugar a Maurício, que fechou bem o gol. O time recuperou um padrão de jogo e passou a jogar com mais calma. O festival de cartões vermelhos também teve um fim.

A GRAÇA DE SANTO EXPEDITO
A caminho de Taubaté, os abnegados torcedores juventinos encontraram num posto de gasolina de beira de estrada um maço de santinhos de Santo Expedito. Pediram ao santo das causas impossíveis a salvação do time do rebaixamento.

A prece começou a dar resultado no estádio Joaquinzão. O Moleque Travesso venceu o Burro da Central numa incrível virada aos 46 minutos do segundo tempo, com um jogador a menos. Gol do reserva Rodinei que, como Robson Lino, cresceu nas rodadas decisivas. A partir deste momento, o santo "blindou" o Juventus.

REAÇÃO TARDIA
O Juventus conseguiu se recuperar nas últimas rodadas do campeonato. Em exibição de gala em Itapira, enfiou 4 a 0 na Itapirense, com gols dos contestados Marco Aurélio e Neizinho. Todos se perguntaram por que esse bom futebol só foi aparecer na penúltima rodada da competição.

Tendo escapado da degola e com chances matemáticas de classificação para a segunda fase, em razão do baixo nível técnico do torneio que fez vários times ficarem empatados em pontos, o Moleque Travesso acabou não conseguindo prosseguir apesar de derrotar o Taboão da Serra, em casa, e foi eliminado do certame. A fatídica derrota para o Flamengo pesou, pois justamente por uma vitória a mais do que o Juventus o rubronegro avançou.

A última informação dos lados do clube é a de que todos os jogadores e o gerente Paulo Sérgio foram desligados, e que o elenco será montado a partir da Copa Paulista, para servir de base para o próximo estadual. Parece bom.

Fortes e breves emoções (porque durou apenas quatro meses o Paulistão para o Juventus) em 2011. Voltaremos a campo no segundo semestre. E voltaremos a ser primeiros, como em 83.

colaboraram Renato Corona e Guilherme Conde

quarta-feira, 20 de abril de 2011

87 primaveras

Hoje é aniversário do Juventus. Nascido Cotonifício Rodolfo Crespi F.C., em 20 de abril de 1924, da fusão do Extra São Paulo com o Cavalheiro Crespi F.C. (antigo La Grecia), ambos times amadores formados por funcionários da tecelagem Rodolfo Crespi.

Nesta efeméride, vamos relembrar um dos momentos históricos do Juventus, quando ainda defendia as cores e o emblema do Cotonifício Rodolfo Crespi F.C..



O alvinegro paulistano da Mooca derrotou o A.A. República em embate entusiasmante no estádio da Rua Javry, pelo placar mínimo, conquistando o campeonato paulista da primeira divisão apeana. O tento foi marcado por Piccinini e a assistência, que compareceu em bom número e enthusiasmou-se com a grande presença do elemento feminino nas arquibancadas, invadiu o campo de jogo para carregar os athletas em triumpho.

Com tal conquista, o clube que no mês seguinte passaria se denominar Clube Atlético Juventus, credenciou-se a disputar a divisão principal do futebol de São Paulo.

Tudo isso, tal como foi noticiado no dia 27 de janeiro de 1930 pelo jornal Folha da Manhã, está aí embaixo. Na mesma data, também a Folha noticiava uma notícia menor e menos relevante para o esporte bretão: a fusão entre a A.A. Palmeiras e o C.A. Paulistano, dando origem ao São Paulo F.C.

Clique para ver em tamanho maior.





O Crespi, que de ha algum tempo a esta parte se vinha impondo em nossos meios esportivos, pela maneira com que vinha derrotando todos seus adversários, teve hontem o premio merecido de quem lucta com ardor e enthusiasmo, o fructo ambicionado de seus esforços. O Crespi, campeão da primeira divisão de 1929, venceu lisamente seu competidor de hontem, apesar de haver sido diminuta a contagem.


Que tal façanha do passado sirva de inspiração aos atletas e dirigentes de hoje e de sempre.

Parabéns, Juventus. Você tem história.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

As camisas da Umbro

Já falamos aqui destes modelos criados pela Umbro para a disputa da Copa Coca-Cola 2001, precursora da Copa FPF, atual Copa Paulista.

As camisas criadas pela tradicional marca inglesa especializada em futebol eram padronizadas com overloque aparente e gola V, mudando apenas as cores para os clubes participantes. No peito havia o nome da cidade do clube, na manga esquerda um escudo da Federação Paulista de Futebol. O patrocínio, óbvio, era da marca de refrigerantes, apenas na parte da frente.










O manto grená não era bem grená, mas de uma tonalidade escura, praticamente vinho. Os modelos utilizados pelo Juventus estão entre os mais cobiçados entre os juventinos e também os colecionadores em geral.

As camisas das fotos pertencem a mim e não estão à venda.

Se você quiser colaborar conosco, enviando fotos, imagens, histórias e curiosidades sobre a camisa do Juventus, escreva para hamilton@juventus.com.br

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Onde está a imprensa?



Mil e quinhentas pessoas deixaram seus afazeres na manhã deste domingo para se dirigirem ao estádio da Rua Javari e torcer pelo milagre da classificação do Juventus. O milagre não veio. Mas outra vez foi provada a atração e o fascínio que o clube grená desperta, não só em sua torcida mas também nos forasteiros que vêm de fora acompanhar um jogo no pequeno campo da Mooca.

Infelizmente o bom público que tomou as arquibancadas e os fundos dos gols parece não ser suficiente para a grande imprensa, que pouco falou sobre a situação do clube nos noticiários. É certo que o Juventus teve destaque no Globo Esporte, apresentado pelo fanfarrão Tiago Leifert, mas isto se deveu ao primeiro de abril, data na qual, por pura galhofa (e descompromisso com o jornalismo e os telespectadores, aliás) o jornal deixou de lado as notícias dos clubes grandes para falar de assuntos, digamos, alternativos. Até equipe de pólo sobre caiaque teve vez.

Claro que o Juventus, por estar num período sabático, longe dos holofotes, do dinheiro e dos grandes personagens futebolísticos, não desperta, a princípio, um interesse. E sua torcida diminuta não é suficiente para despertar uma atenção igual à de um time grande. Mas desde o ano passado motivos não faltaram para que, no mínimo, a imprensa paulistana voltasse um pouquinho os olhos para os lados da Rua dos Trilhos, Paes de Barros e arredores.

O Juventus viveu um período turbulento. Quase fez uma parceria com o Meu Time de Futebol, uma associação de internautas que objetiva comprar um clube e administrá-lo, mas foi demovido da ideia por pressão dos sócios e dos torcedores. Em seguida, veio o Grupo Planinvesti, com dinheiro, investimentos, marketing, com o intuito de fazer o time voar e voltar à elite do futebol em pouco tempo. Mas a relação do clube com a parceira foi de altos e baixos. Momentos tensos e quase vias de fato, quando o clube namorou com a zona de rebaixamento e os jogadores não possuíam um mínimo controle emocional durante as partidas.

O juventino sabe disso, pois acompanha as notícias sobre o clube e, principalmente, vai ao estádio.

Mas o resto das pessoas não faz a mínima noção de que tudo isso aconteceu. Porque a nossa imprensa local não mostrou - e aqui falo especialmente dos jornalões da cidade, a Folha, o Estado, o Jornal da Tarde, o Diário de São Paulo etc. Em um ou outro lugar, o Juventus sempre aparece como parte do folclore da cidade, algo curioso, exótico, interessante, diferente, o lugar onde Pelé fez o seu maior gol.

Mas nunca como um time de futebol. E é isso que ele é, pelo menos que eu saiba.

O Estadão publicou há poucas semanas página inteira falando do martírio do América de São José do Rio Preto, que atravessa gravíssima crise e quase foi rebaixado à Série A2 do Paulista. No último domingo, mais uma página inteira, desta vez sobre o Bonsucesso, time do subúrbio carioca, da segunda divisão fluminense, que luta para que um título estadual de 1919 seja reconhecido oficialmente.

A Folha nenhuma linha escreveu sobre o Moleque Travesso no mesmo período.

Os jornais paulistanos cedem uma porção de espaço para pessoas supostamente entendidas discorrerem verborragicamente sobre futebol. E outras tantas para dar os placares do campeonato inglês, escocês, austríaco. E mais outras para os resultados do turfe. Abrem espaço para falar de times de fora, mas dificilmente cedem uma linha para um clube da capital.

Silenciam sobre um clube de 86 anos de vida, 71 campeonatos paulistas de primeira divisão, e que é da própria cidade em que tais jornais são editados. O único periódico a acompanhar o noticiário do Juventus com afinco é a Folha da Vila Prudente, que circula somente às sextas-feiras e para público restrito aos bairros das redondezas do clube.

Mas hoje, segunda-feira, um jornal se redimiu. O caderno de Esportes de O Estado de S. Paulo trouxe reportagem e foto do jogo contra o Taboão, traçou um retrospecto da campanha tortuosa do clube e ainda lembrou que as eleições presidenciais se aproximam.

Certamente se o Juventus tivesse caído para a Série B, a quarta divisão estadual, e fosse, como até se cogitou no pior momento da crise, fechado o departamento de futebol profissional, todos os jornais noticiariam. A imprensa estaria lá, como urubu, para publicar a sua desgraça. Desgraça que ela mesma ajuda a provocar, por afastar o interesse do público.

Então, parabéns ao Estadão. Mostrou que o Juventus está ferido, mas que não está morto.

domingo, 27 de março de 2011

2003 - a era Euroexport

Vivemos em 2011 um período bastante turbulento. A parceria entre o Juventus e o Grupo Planinvesti não vem dando os frutos esperados por ambas as partes.

O Moleque Travesso já tem um histórico com parcerias complicadas.

Nos primeiros anos do século XXI, a empresa de marketing esportivo Euroexport firmou um acordo com o clube grená e explorou (literalmente, nos dizeres de um boletim emitido ao final da gestão Armando Raucci da presidência do Juventus) a equipe profissional e as categorias de base. É que não havia contrato de compensação financeira com o clube, e jogadores importantes como os zagueiros Luisão e Alex, hoje da Seleção Brasileira, foram vendidos sem que o Juventus lucrasse com isso.

A polêmica parceria com a Euroexport teve um fim melancólico. O Juventus foi rebaixado para a série A2 em 2004. Na época, houve rumores de que o clube fecharia seu departamento de futebol profissional. Mas o Juventus se reorganizou, mandou a Euroexport embora e voltou à elite paulista, conquistando o título da A2, em 2005.

Mas estou me desviando do assunto.

Aqui quero falar daquela que é provavelmente a camisa mais horrorosa que o time profissional do Juventus já vestiu em 87 anos de existência (tem também aquela feiosa da era Pão de Açúcar, mas aquela era das categorias de base).





Esta camisa é de 2003, pertence ao xará Hamilton Pontes e possui detalhes horripilantes. Uma faixa branca nas laterais, o escudo no centro (diagramação odiada pelos torcedores, que preferem o distintivo no lado do coração) e a desnecessária inscrição do nome do clube na barriga, como se precisasse de apresentações.

UPDATE (16/07/2016): Este texto é antigo, de 5 anos atrás, e refiz meu juízo com relação a esta camisa. É bastante confortável, tem o tom correto de grená (algo que nem todas as marcas são capazes de acertar) e sua aparência no corpo é bem melhor do que esticada, como nas fotos. Não tinha essa camisa na época, hoje possuo 3 peças, e, nesse tempo de colecionismo aprendi muito sobre como os clubes acertam seus contratos de fornecimento e escolhem os desenhos dos uniformes. Retrato-me com a Koontz, pois hoje refiz meus conceitos e gosto mesmo - de verdade - das camisas que fabricaram para o Juventus.

Fala o dono da camisa:

A marca é Koontz, e representou o fim da era Euro Export. Nestes tempos nosso centroavante era Wellington Paulista.

Sou Hamilton Valvo C. Pontes, paulistano do bairro da Mooca, de origem imigrante e operária. A vida me levou para longe das Ruas Pedro de Lucena, João Caetano, Olímpio Portugal, Javari, dentre outras, mas não foi capaz de apagá-las de minha memória.

Grande abraço aos meus amigos em Santos - Gilmar, Ricardo "Jabuca", Rafael, Everton "Bauru" e PSF, o homem sem passado!


Ano: 2003
Fabricante: Koontz
Patrocínio: Euroexport

quarta-feira, 16 de março de 2011

As camisas do torcedor - Luis Cavalheiro

Mais um juventino que vem mostrar suas camisas Desta vez recebemos a contribuição valorosa de Luis Cavalheiro, que nos escreveu o seguinte:

Parabéns pelo site, ficou maravilhoso, tenho bastante coisa do JUVENTUS, quero compartilhar com este site para colaborar e crescer, como é gostoso torcer para o JUVENTUS.

Segue uma foto das camisas do C.A. JUVENTUS, sou torcedor do JUVENTUS:

* entrei na final do torneio inicio e pulei em cima do goleiro Barbito que defendeu o penalti contra o Santo André no pacaembu, JUVENTUS CAMPEÃO,
* viajei com a Ju-Jovem para Piracicaba, Jundiaí, Limeira, Sorocaba entre outros locais,
* estava em São Caetano, quando o Juventus caiu contra o São Paulo, gol do Grafite, mostrou na rede globo eu com a bandeira do Juventus.
* assisti jogo inesquecivel contra a Linense, JUVENTUS CAMPEÃO.
* fui a Mirassol, paulista de 2008, eu (criei a Torcida JU CAIPIRA) e + três amigos, Juventus perdeu.
Hoje moro em Parnapuã, região de Jales, assisto pela internet, e quando estou na capital, vou a Javari.

RUMO A 2ª DIVISÃO 2012.

Um abraço,

Luis Cavalheiro


E como é gostoso torcer para o Juventus! Realmente!

A seguir, aí estão as camisas que o Luis mostra para a gente.



É uma Adidas de 1986, aparentemente (as camisas Adidas dos anos 80 diferenciam-se pelos detalhes do logotipo do fabricante, à direita, e pela etiqueta na gola); uma ZonaLivre de 2005 (do título da A2); uma Finta com patrocínio das Tintas MC, de 1999, se não me engano; uma rara camisa Nike com patrocínio do Pão de Açúcar, provavelmente de 2006 e as camisas titular e reserva da Finta, de 2007.

Uma bela coleção!

segunda-feira, 14 de março de 2011

1997 - Paixão Nacional

Em 1997, o Juventus disputou o Campeonato Paulista com uma bela camisa que anunciava a companhia Antarctica, indústria de cervejas e refrigerantes que se localizava no bairro da Mooca.

Ouvi uma versão de que a marca foi estampada de graça pelo Moleque Travesso, como forma de tentar seduzir a empresa a investir dinheiro com patrocínio ao clube. No entanto, me parece um tanto estranho esse procedimento.

O mais provável é que tenha sido uma espécie de permuta, já que a Antarctica fizera uma série de benfeitorias no estádio da Rua Javari, sendo a mais vistosa delas um enorme totem com o logotipo da empresa e a indicação do estádio, que deixou a vista da Rua Javari muito semelhante à entrada de uma churrascaria de beira-de-estrada. Além desta placa gigante, o estádio fora completamente decorado por dentro com publicidade da cervejaria.

Se não foi permuta, nem graciosidade do Juventus, então foi um patrocínio normal, mesmo.

Durante a competição, porém, o patrocínio da Antarctica foi coberto por uma faixa branca com a inscrição "Juventus".



A camisa daquele Paulistão tem o escudo emborrachado e o tecido e o corte é muito semelhante ao da camisa do São Paulo da época, fabricada pela Adidas.

Nas costas, o ponto fraco é a horrorosa bola branca na qual o número era estampado. Influência, talvez, da Umbro, que tinha esse desenho naquele tempo. Por conta do corte raglan das mangas, o número era deslocado praticamente para a barra da camisa, e se o jogador a pusesse para dentro do calção, tornaria o número invisível.

A fabricante do uniforme era a confecção Única Forma, que estampava a marca UFSport.

sábado, 5 de março de 2011

camisa 50

Já nem me lembro qual foi a última competição na qual o Juventus usou numeração fixa. Deve ter sido num Paulistão da época do Farah, quando isso era obrigatório.

Atualmente, os jogadores usam de 1 a 18, sem frescuras.

A exceção fica por conta de hoje: para a celebração do 50º jogo do atleta Rogisvaldo João dos Santos, o Nem, este entrou em campo vestindo uma camisa com o número 50 nas costas para a partida contra o Paulínia, vencida pelo clube da Mooca por 2 a 1.



Segundo o historiador Fernando Galuppo, Nem estreou pelo Juventus em 5/12/2007 na partida Juventus 1 x 4 Marcilio Dias-SC, válido pela I Recopa Sul-Brasileira. E o 50º jogo, na verdade, foi o empate em 1 x 1 entre Juventus e Taboão, no dia 2/3/2011.

Durante o jogo contra o Paulínia, Nem usou a camisa 11. Ao final da peleja, voltou a exibir para a torcida a camisa de número 50.

A foto que ilustra o post é de autoria de Roberto Rocha.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Juventus de todos os tempos

No dia 30 de abril de 1985 o jornal A Gazeta Esportiva publicou o resultado de uma pesquisa com torcedores e jornalistas que escalaram a seleção de todos os tempos do Juventus.

Essa reportagem foi relembrada por Luciano Ubirajara Nassar durante os levantamentos para o livro Julinho Botelho, um Herói Brasileiro, lançado pela editora Expressão e Arte. É claro que Julinho, um dos maiores pontas da história do futebol brasileiro, está na lista.

Vamos à seleção de todos os tempos da Gazeta Esportiva. A lista, relembrando, é de 1985, portanto não concorreram craques da bola como Márcio Griggio, Fernando Diniz, Wellington Paulista, Johnson, Elias, Rogisvaldo etc. E, como não poderia deixar de ser quando se trata de Juventus, a lista possui aspectos curiosos.

O que estiver entre aspas é descrição feita por Luciano Ubirajara Nassar.

"No gol o arqueiro MIGUEL, ágil, determinado, alto, com perfeita colocação e reflexos apurados" - Miguel foi goleiro do Juventus no começo dos anos 70 e depois transferiu-se para a Portuguesa, onde foi campeão paulista em 1973, naquele título dividido com o Santos após Armando Marques se confundir na contagem dos pênaltis.

"Na lateral-direita, NÉLSON, jogador eficiente, competente, responsável e com espírito de liderança". O Nélson em questão é o Nelsinho Baptista, campeão da Taça de Prata em 1983.

"Como zagueiro, o poderoso DITÃO, com a sua garra e vontade de vencer". Esse não tem erro, é o famoso Ditão, que também marcou época no Corinthians.

"Na quarta zaga, o fino e elegante LEIZ. Sabia sair jogando com a bola dominada e de cabeça erguida, enxergando todo o jogo. Ótimo no cabeceio e na antecipação.". Leiz também fez parte do elenco campeão da Taça de Prata de 1983.

"Na lateral esquerda, o talentoso e perfeito marcador ALFREDO RAMOS". Ganhou o apelido de Polvo e atuou no São Paulo, Corinthians e Santos, defendendo a Seleção na Copa de 1954. O engraçado da história é que não achei nenhum dado sobre ele ter jogado no Juventus.

"No meio-de-campo, o incansável e inteligente LIMA. Que de tão craque e versátil, jogava em qualquer posição com a mesma facilidade e talento". É esse aquele Lima, o Curinga do Santos do Pelé.

"Na ponta-de-lança, o craque RENATO com a sua habilidade e técnica apurada". Trata-se de Renato Violani, que também foi ídolo na Portuguesa.

"Como meia ofensivo PINGA II, jogador talentoso, rápido e que sabia fazer gols". Este é Arnaldo Robles, que jogava junto do irmão Pinga.

"No comando de ataque, o craque LANZONINHO com a sua velocidade, técnica e valentia para se infiltrar com a bola dominada nas zagas adversárias (...) Rei da raça, lutava durante o jogo todo e concluía muito bem a gol". Lanzoninho também era ponta, mas neste time está jogando no ataque. Em 1957 marcou os dois gols do título pernambucano do Santa Cruz, o maior da história daquele clube e atingiu sua consagração.

"Na ponta-esquerda, ZIZA, com a sua habilidade,seus dribles curtos, sua velocidade e sua inteligência." Ziza é sobrinho do Pinga II, meia armador desta seleção.

"Na ponta-direita, o genial JULINHO, o hreói de um novo tempo. Foi um dos melhores jogadores do mundo, que se tem notícias. Em apenas seis meses, Julinho assinou seu nome nas páginas de ouro do Juventus." Julinho Botelho dispensa comentários. O maior jogador da história da Fiorentina começou sua carreira profissional no Juventus, de onde partiu para a glória.

O técnico eleito para dirigir esse time dos sonhos foi CANDINHO, que levou o Moleque Travesso ao título do Brasileiro de 83, o mais importante da história do clube até hoje.




A lista vista hoje, 25 anos depois, é um pouco estranha aos meus olhos juventinos. Apesar de recheada de atletas de inegável talento, não tem nomes de jogadores mais identificados com o clube como, por exemplo, os irmãos catanduvenses Brida e Brecha, Buzzone, Ataliba e Clóvis Nori. Para o gol, por motivos sentimentais de torcedor, a dúvida é entre Félix ou Mão de Onça.

Seria essa a hora de escalar outra seleção do Juventus de todos os tempos?