quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Concurso cultural da Camiseteria di Moooca



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cronologia ilustrada do uniforme Adidas

Após longos e demorados estudos, analisando fotos, examinando camisas (principalmente pegando-as nas mãos, o que é bastante prazeroso, diga-se de passagem), conversando com especialistas, folheando jornais e revistas velhos, pesquisando em sites como o Terceiro Tempo, finalmente, apresentamos uma exclusiva, definitiva e ilustrada linha do tempo de patrocínios e camisas nos anos 80.

Reunimos nesta ilustração quase todos os modelos de camisas que a Adidas fabricou para o Juventus. Decidimos colocar fotos das camisas expostas em manequins*. Estão ausentes apenas os modelos com gola V branca, com frisos brancos, listrada na horizontal e com patrocínio do Lello Consórcio. Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.



Agora, vamos às explicações:

1979 - O futebol brasileiro entra na era da profissionalização de seus materiais esportivos. A Adidas era uma das principais marcas no mercado, fornecendo para diversos times, grandes e pequenos, e também para a Seleção Brasileira, entra no Juventus e introduz o uniforme em tecido sintético. A gola é branca e redonda e os punhos são brancos. Nos ombros, as famosas três listras, brancas. O escudo do clube é bordado e costurado na camisa.

1979 - Mesmo com a Adidas, em pelo menos um jogo (contra o Santos, pelo Campeonato Paulista), o Juventus jogou com a camisa de algodão da Athleta do período 77-78, por motivos desconhecidos.

1981 - Adidas faz camisa com gola V branca e mangas em estilo raglan, brancas, com as três listras em grená. Dura pouco e a camisa passa a ser usada como uniforme de treino.

1982 - Com gola V grená e um friso branco contornando as mangas e as laterais, este uniforme foi muito pouco utilizado.

1982 - outra camisa diferente desta época, listrada na horizontal em grená e branco.

1982 - Surge a camisa toda grená, com gola V, apenas com as três listras em branco como detalhe. É a camisa tradicional e clássica da Adidas.

1983 - Foram duas camisas usadas durante o ano (às vezes na mesma partida): uma com gola pólo branca e a outra com gola V grená. Após o título da Taça de Prata, a camisa com gola pólo trouxe uma estrela branca sobre o distintivo.

1984 - Estréia do primeiro patrocínio do clube: Cartelão de Ouro. Essa marca foi estampada em camisas com gola V branca, gola pólo branca e gola V grená. A estrela comemorativa da Taça de Prata desaparece. O logotipo da Adidas passa a ser acompanhado pelo nome da marca por extenso.

1985 - A camisa passa a ter definitivamente a gola V grená e o distintivo do clube passa a ser flocado (aveludado), diretamente na camisa. Em algumas versões deste mesmo ano a Adidas coloca sua marca dentro de um círculo. A camisa de manga comprida com esse detalhe continua a ser usada nos anos seguintes, talvez por falta de peças novas.

1985 - Camisa com patrocínio Borcol, que é utilizada em alternância com a camisa sem patrocínio, até 1987. O padrão do desenho do logotipo da Adidas varia durante o ano. A etiqueta na gola possui uma distinção, apresentando o logotipo da fabricante em três cores, vermelho, amarelo e azul.

1986 - o clube é campeão do Torneio Início do Paulistão, sem patrocínio na camisa. A partir deste ano até 1990 as camisas mantém-se com o mesmo padrão, sofrendo apenas pequenas variações de tom de grená, algumas delas muito próximas do vermelho, e no logotipo da Adidas que, gradativamente passa a aparecer em tamanho maior.

1988 - camisa com patrocínio Lello Consórcio, utilizada na Taça São Paulo de Juniores.

1988 - camisa com patrocínio do Grupo Industrial Trofa, usada até 1990.

1991 - Adidas despede-se do Juventus ainda com o modelo tradicional, gola V e punhos grená. O Juventus passa a ser abastecido pela marca Stromboli. No ano seguinte, a Adidas deixaria o mercado braileiro - seus últimos times patrocinados foram Palmeiras e Flamengo. Voltaria apenas em 1996 no Sâo Paulo.

As camisas reservas, brancas, evoluíram de maneira mais simplificada. Basicamente, o modelo original todo branco, com gola redonda e punhos brancos, e as três listras grená nos ombros. Depois passou a adotar a gola V e punhos grená. As etiquetas, os logotipos da Adidas e os patrocínios variavam da mesma maneira que na camisa titular. O escudo do clube era impresso em negativo, ou seja, com fundo branco.

*as camisas de 1979, 1981, 1982, 1983, 1985, 1987 e 1989 foram retiradas da loja Prorrogação. A camisa de 1984 pertence à coleção de Milton Aguiar. A camisa de 1986 pertence à coleção de Gino Soares. As camisas de 1979 e 1988 pertencem à coleção do blogueiro.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Camisa do Roberto Brida, de 1972

Essa é uma das minhas mais antigas da coleção e, acredito, uma camisa cheia de história para contar.




Porque, se não foi ela, uma das irmãs dela, número 5, fabricada pela malharia Hering para a loja Sport Spada (onde o Juventus adquiria o uniforme naqueles tempos), foi usada por Brida, numa excursão do Moleque Travesso pela Grécia.

Em terras gregas o Juventus enfrentou diversas forças locais e fez uma boa campanha. Infelizmente os resultados dos jogos e os adversários não são dados tão disponíveis assim, embora se diga que tenha retornado invicto. Além de Brida viajaram Brecha, Miguel, Oscar Amaro, Celso, Antoninho Minhoca, Luís Moraes, Maurinho, Sérgio Pinheiro, Adnan, Ziza, Sérgio Gomes, além do cartola Ronaldo Pucci e do massagista Elias Pássaro.



E foi vendo as fotos dessa viagem que me arrepiei. Olhei para o uniforme que Brida usava, olhei para a camisa que estava em meu armário: era a mesma! Se não a mesma, uma igual.


Eu já sabia por pesquisas anteriores que a camisa que eu tinha conseguido era de 1972. E havia também conseguido um autógrafo do Brida nela. Só por isso aquela malha grená velhinha já era uma camisa muito especial.

Nesta foto, Roberto Rivellino disputa o lance com Brida, num Corinthians x Juventus no Pacaembu


Mas depois de ver que a mesma camisa cruzou o Atlântico para pousar em terras gregas, retornar à Mooca e vir para comigo, foi demais para mim.



Mostre você também sua camisa do Juventus e conte sua história! Escreva para hamilton@juventus.com.br

sábado, 1 de dezembro de 2012

Camisas Stromboli

Em 1991, a Adidas, após ter fornecido o uniforme grená por cerca de 12 anos, despediu-se do clube, deixando um legado de camisas cobiçadas e desejadas por colecionadores e fanáticos pelo Moleque Travesso. Nos anos 80, a Adidas fornecia material esportivo para dezenas de times no Brasil, mas com o futebol e os seus negócios cada vez mais profissionalizados e especializados, a marca alemã foi modificando sua atuação no País. Em 1992, ela se despediria o mercado brasileiro, tendo sido seus últimos clubes Flamengo e Palmeiras, e só voltaria em 1996, no São Paulo.

Quanto ao Juventus, encarando a nova realidade, passou a usar uniformes de uma modesta marca brasileira, que depois desapareceu: a Stromboli.

Feita em poliéster, a camisa nitidamente tinha qualidade de material e de acabamento muito inferior à da Adidas.


Este uniforme também teve sua versão com patrocínio, das Tintas MC. A foto abaixo é contribuição do amigo Paulo Leite.


Essas camisas duraram pouco tempo e são raras de se encontrar. A Firula logo veio substituir a Stromboli.

Se você tem uma camisa do Juventus e quer que ela apareça no blog, é só escrever para hamilton@juventus.com.br!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Livro contando a história do Juventus será lançado em breve!



Um dos clubes mais tradicionais do futebol paulista, o Clube Atlético Juventus, tem a sua história imortalizada em uma obra grandiosa e inédita produzida pela BB Editora.

De autoria de Angelo Eduardo Agarelli, Fernando Razzo Galuppo e Vicente Romano Netto, o livro “Glórias de um Moleque Travesso” é pioneiro em retratar a vida esportiva dessa agremiação de mais de 80 anos de existência, com riqueza de detalhes e fotos marcantes dessa trajetória, interessante não só para juventinos mas para esportistas em geral.

O livro “Glórias de um Moleque Travesso” será lançado no dia 10 de dezembro, em local e horário a definir.

O blog Manto Juventino estará lá para prestigiar o evento - se o evento acontecer... não queremos nenhum envolvimento político, apenas valorizar a história do clube.

ATUALIZAÇÃO
Problemas burocráticos entre o clube e editora fizeram o lançamento do livro ser adiado para o próximo ano.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Solidariedade grená

A página Juventino.Mooca do Facebook está organizando durante este mês de outubro uma campanha de arrecadação de alimentos para a Escola 4E, de crianças especiais.

Segue o texto de divulgação da ação:


O time profissional estará parado até ano que vem, MAS A TORCIDA NÃO.
O Juventino Mooca, através da torcida juventina, estará arrecadando alimentos nesse mês de outubro, a fim de ajudar a Escola4E, que cuida de crianças especiais.
Atenção, somente alimentos NÃO PERECÍVEIS, num me vai doar um bacalhau, né.


Os postos de arrecadação são:

Camiseteria di Mooca
Rua Javari, 370
das 10 às 18hrs
telefone: 11 - 2362-5905

Bella Perfumarias
Rua Juventus, 337
das 09 às 20hrs
telefone: 11 - 2273-8225

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Ciro Koyama

Lendo o post inaugural da coluna “O dia em que virei Juventino”, do blog “Manto Juventino”, uma questão passou a ocupar boa parte dos meus pensamentos nos últimos dias.
Afinal, quando exatamente eu virei juventino?

A versão eletrônica do Dicionário Aurélio, em uma das muitas definições para o verbete “virar”, apresenta-nos a forma predicativa deste verbo como sinônimo de “transformar-se”, “tornar-se”. Pois bem, seguindo o ponto de vista linguístico, percebi, aflito, que não sei exatamente quando sofri a metamorfose grená e deixei para trás outros interesses clubísticos para me dedicar com exclusividade ao moleque travesso da Rua Javari.

Gostaria que a minha resposta saísse de uma forma simples e natural como a do colega torcedor Afonso Quintana, que, comentando aquele post inaugural, afirmou sem titubear: “Nunca virei Juventino, pois nasci Juventino. Nunca vesti outra camisa sem ser o Manto Grená”. Como queria que fosse fácil assim! Uma réplica singela, mas sincera e descomplicada. No meu caso, infelizmente - ou felizmente? - a paixão clubista parece não ter vindo do berço.

Explico. Fazendo um sucinto balanço de meu histórico futebolístico, o meu primeiro clube de futebol foi o Palmeiras, que me foi imposto por ocasião de meu nascimento por um fanático padrinho palestrino. Dos meus primeiros anos de vida até o ingresso no ensino fundamental fui um torcedor esmeraldino, em uma época em que as partidas de futebol me despertavam pouco ou nenhum interesse. Obviamente não me lembro quando “virei” palmeirense, já que considero nunca ter sido um verdadeiro palmeirense. Nos anos seguintes, já no começo da década de 90, passei a acompanhar, junto a meu velho, um são-paulino moderado, os jogos do Tricolor e sua escalada nas competições continentais, amadurecendo a experiência de ser torcedor e matando de desgosto o padrinho palmeirense. Foi assim durante mais de uma década, comemorando alguns títulos do São Paulo, lamentando muitos títulos de rivais, assistindo três Copas do Mundo com dois títulos e um vice para a seleção, descobrindo ligas internacionais... E como tinha escolhido “virar” são-paulino tudo parecia bem natural, imaginava que seria um torcedor daquele time para sempre.

Só não contava que aquela sensação duraria apenas até o dia 15 de janeiro de 2006, data da reestreia do Juventus no Campeonato Paulista da Série A-1, logo após levantar a taça da Série A-2 do ano anterior. Foi essa a data do meu primeiro jogo profissional nas arquibancadas da Rua Javari.

Digo profissional porque em 2005 eu havia assistido “in loco” um jogo pela primeira rodada da Copa São Paulo de Juniores, contra o time do Força Esporte Clube, partida que hoje soa como uma metafórica preparação para minha estreia no time de cima - ironicamente contra um time fundado em 2001, ligado à Força Sindical de São Paulo, genuíno representante do odioso “futebol moderno”. No campo, o placar foi um 2-2 com sabor de derrota, já que o Força conseguiu o empate no finalzinho do segundo tempo.

Voltando à “estreia no profissional”, aquela de janeiro de 2006, segue um breve relato das boas memórias que guardo daquele dia. Após abrir dois gols de vantagem, o Juventus relaxou e permitiu o empate do time de Sorocaba, que marcou o segundo gol já nos acréscimos da etapa complementar, logo me trazendo à mente as amargas lembranças do empate do jogo do ano anterior contra o Força E.C.. Porém, como diz um dos muitos jargões futebolísticos, “o jogo só acaba quando termina”: após a saída de bola, o Juventus conseguiu uma falta perto do meio campo e mandou todos os jogadores pra dentro da área do São Bento, conseguindo na base da raça um gol milagroso que selou a vitória por 3-2 - cortesia do bom zagueiro Max Sandro - e levou ao delírio a torcida que compareceu em bom número ao estádio. Dessa vez, diferente do jogo da “Copinha”, a mística do gol no final do jogo veio a nosso favor! E justamente no último lance da partida, em jogada de bola parada, história que se repetiria de forma dramática num futuro próximo... Ah, somente os fortes entenderão!

A partir de então, tenho acompanhado o esquadrão grená na maioria dos jogos em casa e também em alguns fora, como no épico 5-4 - jogo de quatro viradas - contra o Nacional no Estádio Nicolau Ayalon (Copa FPF 2008 - atual Copa Paulista) e na recente “derrota do acesso” em Osasco.


Diante de todas estas memórias, tentei sintetizar uma resposta à pergunta feita nas primeiras linhas deste texto:

Todo mooquense, nato ou “estrangeiro”, é juventino em maior ou menor grau. Só que, como muitos, eu não sabia disso. Só fui descobrir naquela abençoada tarde de domingo. Nos últimos anos, acompanhando de perto as campanhas do Juventus, descobri pouco a pouco o que significa torcer de verdade. Descobri o prazer no triunfo e também o sofrimento na derrota - sofrimento real, sincero, diferente daquele sofrimento romantizado e transformado em marketing por outros times. E, embora não consiga apontar com exatidão a data em que fui tomado por este sentimento, posso afirmar, com certeza, que “viro” mais juventino a cada jogo e meu coração se torna mais grená a cada batida!

Você pode participar da Seção O Dia Em Que Virei Juventino do nosso blog mandando sua história de como o Moleque Travesso começou a fazer parte de sua vida para o email hamilton@juventus.com.br. Já recebemos várias contribuições e todas elas serão postadas na ordem em que as recebemos. Escreva quanto e como quiser, mas participe!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Marcos Pires


Uma vez meu pai me levou na Javari, acho que lá pros idos de 97, no auge dos meus 11 anos. O jogo não me lembro o que valia, mas lembro que era contra o Ji-Paraná.

Lembro também que teve gol marcado por um tal de Éder. Lembro como ontem a sensação de entrar pela primeira vez na Javari, foi algo muito marcante . Sentei nas cobertas, meio do campo, mesmo lugar que fico hoje. Era cimento, não tinha banco, não tinha pintura... Era só o cinza e as marcas de cagadas de pombos que ficavam empoleirados livremente nas cobertas. Repetimos esse programa por mais algumas poucas vezes, e ganhando ou perdendo, sempre foi um momento muito bacana que eu tinha com meu pai.

Meu pai vira e mexe ia nos jogos, mas por muitos e muitos anos não voltei mais... Não sei porque, mas não fui...

Isso até a Copa Paulista, de 2009. Mais uma vez acompanhei meu pai ao jogo... A sensação de entrar na Javari estava lá novamente, exatamente a mesma sensação de antes.

Dessa vez a Javari estava mais arrumada, cadeiras nas cobertas, sem pombos, tinha alguns dos mesmos senhores de muitos anos atrás e agora uns caras mais novos...

Enquanto isso o Juve passava pela pior fase da história pois tinha acabado de cair para a A3. O jogo foi contra o Pão de Açucar, um 0x0. O jogo em si foi ruim, mas zuar esses jogadores de empresários, jogadores de mentira, não tem preço. Fase ruim, placar desanimador, qualquer idiota deixaria para voltar na Javari quando o time estivesse pop novamente, mas quando eu saí da Javari, voltando pra casa com meu pai eu percebi o quanto aquele momento tinha sido bom. Quantos e quantos anos eu não tinha feito um programa só eu e o meu pai? Uns 10, 12 anos talvez... E no domingo seguinte lá estávamos nós novamente e por aí foi...

Acompanhei todo os jogos de final de semana na Copa Paulista 2009 e na A3 de 2010 e cada jogo alguma coisa ia ficando diferente. Aquele puta sufoco, aquela agonia de não saber se vai classificar ou não, jogos roubados, mas por mais difícil que fosse o jogo, entrar na Javari era uma forma de terapia pra mim.

E o momento que eu mandei tudo às favas e virei juventino foi naquele Juventus x Atlético Araçatuba que ganhamos de 2x1 com um gol meio de bicicleta e conseguimos a classificação pra segunda fase na bacia das almas, na ultima rodada, por 1 ponto... Porra, aquilo foi muito foda, todo o sufoco, toda a incerteza, e conseguir aquela classificação na raça, no suor, daquela forma foi uma emoção que nunca poderia ter sido proporcionada por nenhum outro time e eu tive o privilégio de sentir aquilo com apenas outros poucos malucos, entre eles meu pai. E não poderia ter sido proporcionada por nenhum outro time porque em nenhum outro lugar tem tanta história em jogo,

história não só de um time, mas de um bairro inteiro, em nenhum outro lugar tem essa relação jogador/torcida, em nenhum outro lugar você pode conversar, incentivar e, cobrar um jogador como na Javari...

Lá ninguém é apenas mais um, todos são parte fundamental.

Ninguém é apenas mais uma voz na multidão.

Entendi que não preciso torcer pro time da moda, pro time que passa na TV, pro time em que por pior que seja o jogador ele ganha seus 100 mil por mês graças ao empresário e investidores.

Hoje posso dizer que eu torço pro MEU time, pro time do MEU bairro, pro time que ainda guarda o romantismo do futebol, onde tem jogadores que não são badalados, que precisam se superar pra colocar a comida na mesa. Jogadores que comemoram com a torcida, que pulam no alambrado, que sabem que você está lá. Jogadores que ainda não foram contagiados pelo vírus do futebol moderno de chuteiras coloridas e cabelos moicanos. Torço pro time que eu quero que ande sozinho, sem interferência de empresários, de diretores, de grupos, de acionistas, que me dá orgulho independente de qual campeonato esteja disputando.

Não existem milhões de pessoas como eu, existem apenas eu e algumas centenas, talvez poucos milhares e para nós só o Juve basta!

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O problema na numeração

As camisas Joma fabricadas pela MR Sport vêm apresentando um problema que é comum nos uniformes esportivos atuais: a numeração aplicada nas costas com prensa térmica (o chamado "transfer") descola da camisa após seguidas lavagens.

O Juventus teve este problema na partida contra o Marília, fora de casa, na fase decisiva da Série A3, no primeiro semestre. Em uma sequência de jogos no interior, os fardamentos do clube foram lavados e apresentaram sinais de desgaste na numeração. Foi necessária uma operação de emergência: uma van que levava torcedores para assistir ao jogo no Estádio Bento de Abreu foi encarregada de levar a preciosa carga de camisas para serem usadas em tal jogo. Os torcedores benzeram as camisas durante a longa viagem e o Juventus venceu por 5 a 3.

Nas últimas rodadas da Copa Paulista, aparentemente o problema voltou a ocorrer, mas adotou-se solução diferente. Foi estampada em tinta e silk-screen a numeração nos jogos de camisa utilizados nos últimos jogos. A curiosidade é que o padrão de numeração adotado é o da Adidas da Copa do Mundo de 2006. Até então a MR Sport vinha utilizando um estilo semelhante ao do Corinthians/Nike de 2010.




Fotos retiradas do Fábio Blogging.

Este problema não é exclusivo da Joma, embora as camisas dos primeiros lotes, do começo do ano, parecem sofrer menos do problema. Camisas de futebol realmente são peças de vestuário muito frágeis e, se o torcedor ou colecionador quiser tê-las em bom estado por muito tempo, deve evitar a todo custo quando as estiver vestindo se encostar em sofás, bancos de carro ou usar mochilas nas costas.

Parece exagero, mas o atrito constante com tais superfícies pode fazer os apliques de patrocínio, nome de jogador e numeração desgrudar ou desgastar e o dano é inevitável. Esfregar ou torcer a camisa na lavagem, nem pensar! Mas, mesmo assim, as estampas podem querer descolar. Uma medida que talvez solucione o problema seja passar ferro nos apliques, com o cuidado de colocar um pano ou toalha sobre a camisa, para evitar que as estampas grudem no ferro.

domingo, 9 de setembro de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Julio da Ju-Jovem


Depois que me casei vim morar aqui na Mooca. Em 2004 eu escutava o grito da torcida do Juventus quando fazia gol, pensava muito em parar de torcer para times grandes (na época torcia para o Corinthians). Resolvi num domingo passar pela Javari e estava tendo um jogo, eu acho que era campeonato paulista, e resolvi entrar.

Fiquei nas cadeiras cobertas,tinha comprado a camisa do Juventus na loja do Miojo, não conhecia ninguém. Então desci de onde estava e fui atrás do gol do setor 2. Lá conheci o Sergio da Ju- Jovem, comecei a me enturmar com o pessoal. O Sergio me deu uma camisa da ju-Jovem e fiquei lá com ele, e assim fui me enturmando e ficando mais fanático por esse time pequeno mas com uma torcida apaixonada!!!!

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domingo, 2 de setembro de 2012

Retratos da Javari - o garoto

foto: Rebeca Simone

Equilibrado num poste metálico que sustenta o alambrado atrás do gol da Seção 2 do estádio da Javari um menino humilde, com suas roupas sujas e sandálias havaianas nos pés, que imagino, pelos trajes, ser um dos sem-teto que ocupa o prédio abandonado atrás do estádio, canta as músicas da torcida, apoiando o Juventus. Canta forte, canta alto. Canta mais do que muita gente bem alimentada e endinheirada, que vai ao jogo mudo, volta calado e se acha no direito de criticar a torcida.

Se chama Robinho. Torcedores pagam o ingresso para que ele entre no estádio e se apresentam como responsáveis, caso contrário a polícia não autoriza a entrada.

E basta o jogo acabar para que ele e outros coleguinhas pulem a grade, adentrem o campo de jogo, e com as luvas que ganhou de algum arqueiro e a bola que caiu fora do campo, jogam, um jogo mais importante do que o que acabou de acabar. Outros torcedores se juntam ao grupo e também participam.

O menino, feliz, ainda acha um número 1 caído no gramado, deve ter se soltado de alguma dessas camisas modernas que se desmancham apenas por serem vestidas.

E viva o futebol.

O prédio em que ele vive é a antiga Creche "Ninho Jardim Condessa Marina Regoli Crespi", lugar de cuidar de criança, mas que hoje, abandonado, virou um cortiço. O edifício tem uma arquitetura valiosa e será tombado. O que será do menino e da família, não sei. Um dia certamente terão que deixar aquilo que ele chama de lar. Somente uma coisa é certa: será sempre um juventino.

Mais uma coluna que estreia hoje, com relatos de cenas e situações vistas ou vividas dentro dos acolhedores muros do Conde Rodolfo Crespi. Quem tiver boas histórias, envie para hamilton@juventus.com.br. Como diria Roberto Carlos, se não for nada imoral, imoral ou que engorda (exceto cannoli), eu publicarei.

sábado, 1 de setembro de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Igor Miranda

Uma manhã de Domingo, meu Pai me acorda apressado.

Eu, sem entender, acordei, coloquei qualquer roupa e fomos para a Javari com um pessoal do meu prédio.

Chegando lá, uma fila até que grande, umas vans de transmissão, e eu ainda sem entender por que meu Pai me acordou cedo.

Entramos no templo, vi um senhor vendendo uns doces, logo, implorei pro meu Pai, mais ele não comprou.

Fomos para a lateral do campo, mais não conseguia enxergar 100% do campo porque eu era pequeno e o banco de reservas atrapalhava a minha visão. Manhã chuvosa, um Juventus x Grêmio Barueri, 0x0 e eu morrendo de sono, porém aquela torcida atrás do gol sempre pulando e cantando, queria ir pra lá, mais meu Pai provavelmente não iria deixar.

Intervalo de jogo meu Pai disse para esperar alí que ele ja voltava, enquanto isso fiquei sentado no setor 7 tentando desvendar o que aquelas faixas do setor 2 queriam dizer. Até que meu Pai voltou, com o doce! Até acordei quando ele chegou, comi assistindo aquele segundo tempo sonolento e sem gols.

Acabou o jogo e voltamos para a casa, depois daquele dia não voltei mais na Javari.


Até que em uma tarde de sábado, alguns anos depois, eu agora com 16 anos, voltei ao templo com umas amigas, meio forçado mas também curioso, voltando ao estádio que conheci há 4 anos atrás, procurei mas não achei o tal tio dos cannolis, o clima era melhor, ensolarado, e eu não estava com sono.

Até então nada diferente, até que veio a surpresa... fui para trás do gol, lá onde eu queria estar a 4 anos atrás, e desta vez, olhei as faixas de perto, entendi as musicas, e o melhor, gritei gol! 2x1 de virada! Contra o Grêmio Osasco.

Pronto, não queria mais sair, queria decorar as musicas, apoiar quando tomar gol, xingar o goleiro adversário, os reservas no aquecimento e os árbitros de perto, descer na pequena porém calorosa avalanche, subir no alambrado e tudo mais. Mal o jogo acabou e eu já saí do templo querendo saber quando seria o próximo jogo, cheguei em casa, e já corri pro computador pra ver a tabela e jogos do campeonato.

Passei a voltar sempre na Rua Javari, hoje sempre que posso vou assistir o Moleque Travesso, e já o tenho como um time de coração.


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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Terceira camisa azul?

O Blog Moleque revelou que o Juventus e a Joma estão desenvolvendo uma camisa azul em homenagem à Mooca, que será utilizada como terceiro uniforme do time.

O Juventus nunca teve uma terceira camisa, ressalvada, talvez, a camisa zebrada utilizada no começo dos anos 80.

Mas quase teve, no ano passado, e também azul em alusão às cores e ao desenho da bandeira da Mooca. Eu tive uma participação direta nisso. Vou explicar.

Em 2011 a parceira do Juventus, a Planinvesti, me procurou para que eu emprestasse camisas antigas de minha coleção para expor na festa de lançamento da parceria e do novo uniforme.

O gerente de futebol, ex-jogador Paulo Sérgio, e o então diretor de marketing da empresa, conversaram comigo naquele evento, interessados em fazer uma terceira camisa para o Moleque Travesso, e pediram para que eu enviasse sugestões.

Paulo Sérgio queria porque queria que o uniforme fosse alvinegro e listrado, em referência à Juventus italiana. Contrariado, porque sei que a Velha Senhora nunca deu a mínima para o Moleque Travesso, fiz um desenho. Mas como eu preferia uma camisa grená com detalhes em verde, branco e vermelho, cores da Itália, fiz outra sugestão. E para fazer algo diferente, pensei numa camisa azul com uma cruz branca, imitando a bandeira da Mooca.

Enviei os desenhos a eles, estes que vocês veem abaixo.


Como era de se esperar, votaram pela camisa listrada em branco e preto. A azul e branca ficou como uma outra opção.

Mas aí veio a crise, o Juventus foi parar na zona de rebaixamento para a Série B do Paulista, depois se recuperou e quase se classificou, mas nessa hora tanto Paulo Sérgio quanto a equipe de marketing já eram história. No fim do ano, a própria parceira Planinvesti e a Deka, fornecedora do material esportivo, subiram no telhado. E nunca mais se falou em terceira camisa.

Até agora.

Fala-se em camisa azul. Eu, se fosse consultado de novo, sugeriria algo assim:


Imagino que boa parte da torcida não goste de algo que fuja ao nosso grená, como eu mesmo, sinceramente, não gostaria. Prefiro o tradicional.

sábado, 25 de agosto de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Edmilson Oliveira

O primeiro jogo que fui do Juventus era em “casa”, no estádio do Pacaembu. Na época não torcia pelo Juventus, e era fanático pelo adversário, apesar de não ir muito a estádios – especialmente pela segurança.

Achei muito legal a torcida cantando “vamo vamo vamo vamo juve” ao ritmo de “funiculì, funiculà” e pensei – que legal! um dia vou querer ir no estádio desses caras. E demorei muito a ir, 2 anos depois. Juventus x Guarani. Fui com um amigo, que também não conhecia o caminho, o estádio, o bairro... achávamos tudo engraçado. “Os cannolis? Só chegam mais tarde!”. E a separação das torcidas, que era um tio, sentado, segurando uma faixa? Acabou o pastel. - Vai sair mais? - Não... acabou!


Depois, fui mais duas vezes, mas sempre levando algum amigo que queria ir. Até aquela quarta-feira... matei aula na faculdade pra ir assistir ao clássico Juvenal, na Barra Funda. Dessa vez fui sozinho: nem sabia onde era o estádio. Cheguei e fui pra trás do gol com a torcida,
porque nem sabia pra onde ir. Em geral não era ali que assistia os jogos, mas como era fora de casa...

E começou, e o Juventus fez 0 a 1, e o Nacional fez 1 a 1, 2 a 1, fizemos 2 a 2, 2 a 3, e o primeiro tempo terminou 3 a 3. No comecinho do segundo tempo, 4 a 3, e no final do jogo 4 a 4. Estava ótimo! Com um a menos... e aí veio a travessura: aos 46 do segundo tempo, gol!
Mas a bola entrou? O juiz apitou! Gol! 4 a 5, com 4 viradas. Não só foi o jogo mais legal que eu fui, mas a coisa mais legal que eu fiz. Depois desse me comprometi em ir a todos os jogos, e já fiz muita loucura pra ir. Depois de não muito tempo, as pessoas que sentam perto de onde eu sento começaram a conversar comigo, e ficamos amigos. Até guardam lugar pra mim! Não tem coisa melhor, nem lugar melhor para ir.

O meu time? Larguei há tempos, nunca mais quis vestir uma camisa ou ir a um jogo. Agora é Juventus!


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terça-feira, 21 de agosto de 2012

camisa de 1980

Estou recebendo muitas contribuições por email de fotos de camisas e depoimentos para "O Dia em que virei Juventino", mas esta é tão sensacional que tive que passá-la na frente.

Todos vocês já devem ter visto camisas do Juventus da Adidas com a tradicional gola em V, usada entre 1981 e 1990. Também devem ter visto a camisa com a gola redonda branca, usada em 1979.

Mas com a gola redonda grená é mais difícil. Bem mais.

Acontece que o Juventus praticamente não usou esta combinação enquanto vestiu Adidas. O único registro de tal uniforme que encontrei data de 1980, exatamente numa transição entre a gola branca e a adoção da gola em V, que é o modelo mais comum e característico do Moleque Travesso em toda sua história.




Sem contar a gola, as demais características da camisa são as mesmas dos modelos Adidas até 1985: números nas costas sem o logotipo da empresa, logotipo "Trefoil" pequeno na frente e sem o nome da fabricante por extenso e o escudo do clube bordado e costurado no pano.

Parabéns ao amigo Luciano Soares, de Londrina/PR, por guardar esta preciosidade!

ATUALIZAÇÃO:

E você, tem uma camisa do Juventus para mostrar pra gente?
Quer dividir conosco uma história, um acontecimento pessoal envolvendo o Moleque Travesso?
Escreva para nós: hamilton@juventus.com.br

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Douglas Rodrigues

Não faz muito tempo, aconteceu esse ano na Série A3. Sempre fui um grande simpatizante do Muleque Travesso desde quando comecei a gostar de futebol, em meados de 2006, sempre achei um time bem legal, acompanhava discretamente , via resultados mas nada de mais. Esse ano acompanhando a Série A3 com um colega, (ele é torcedor do Marília AC) estava assistindo o jogo da segunda fase no Estádio Bento de Abreu, que terminou 5 x 3 pro Juve, no começo estava torcendo para o Marília, mas no decorrer do jogo me peguei torcendo loucamente pelo time da Mooca!


Depois disso comecei a torcer ferrenhamente pro time, e estive presente no acesso do time contra o GEO, que foi um jogo de loucos. Não moro muito perto, pra dizer a verdade moro bem longe, (Capão Redondo, Zona Sul) ainda não fui na Javari, mas pretendo fazê-lo dia 26 contra o mesmo GEO , provar um cannoli do Sr. Antonio, e quem sabe ver uma grande vitória do Juve! Camisa do Moleque Travesso já está sendo planejada aqui, falta apenas terminar de juntar o dinheiro, mas daqui a uns 2 meses já estará em mãos!

Aproveitando a deixa para deixar um abraço para o pessoal da Web Rádio Mooca, Juve.com.br, Manto Juventino, para o Guizão que faz ótimo trabalho no Blog do Juva , enfim todos os sites/blogs que cobrem o Moleque Travesso! Grande abraço a todos e qualquer coisa só adicionar no Facebook, que a gente troca umas idéias melhor, grande abraço e tudo de bom aí!


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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Camisa de 1983

E neste dia em que a Mooca completa 456 anos de vida, o Manto Juventino mostra uma raridade muito valiosa do nosso clube do bairro.

O amigo Jorge, do Rio de Janeiro, é flamenguista e coleciona camisas do time rubronegro, mas também tem um belo acervo de camisas de diversos times brasileiros da década de 1980.

Uma delas tem história. E muita!

É simplesmente uma camisa do Juventus do modelo de 1983, com o logotipo da Adidas representado apenas pelo Trefoil, sem a marca escrita por extenso abaixo dele.



A camisa tem o escudo costurado e bordado, como era comum na época. Somente a partir de 1985 o escudo passaria a ser pintado na camisa, como já explicamos neste Guia de camisas da Adidas.

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Roberto Rogério Rocha

Me considero um apaixonado pelo Juventus e pela mística que ele me proporciona. Sei que existem pessoas com melhores e maiores histórias da que eu irei relatar abaixo, mas o Juventus não é meu segundo time, isso eu já adianto.

Comecei a ver, sem entender é claro, futebol no fim da década de 70, época da ditadura no país, futebol era pura paixão e naquela época os times que representavam a massa (povão) eram Flamengo e Corinthians. Não tinha como não se comover com a fila de títulos do clube alvinegro, claro que foi um dos meus primeiros times, digo times porque adorava o Grêmio Portoalegrense de 1981.

Enfim, mesmo amando futebol e sendo filho de um conselheiro vitalicio do time de Pq. São Jorge, era proibido de ir aos estádio por ele próprio que nunca gostou do futebol. Era sócio do clube porque tinha ganho o título quitado após uma conquista na natação pelo alvinegro na década de 1960.

Para mim era uma frustração ver jogadores do calibre de Basilio, Palhinha e Sócrates batendo bola na fazendinha e não poder vê-los em campo, foi então através do já falecido pai de um amigo meu, Seo Geraldo Valenciano, que pude finalmente conhecer um estádio de futebol. Ele gostava de ir a Javari ver o Moleque Travesso em campo devido a proximidade , morávamos na Vila Matilde, e pelo fato dos jogos serem a tarde, iamos escondidos de meu pai, na companhia de meu amigo Sandro e de seu pai, Seo Geraldo.

Alíás, além da magia que sempre sentia ao entrar na Javari, vinha à mente as histórias que o Seo Geraldo contava, como num dia em que um bandeirinha insistia em marcar impedimentos nas jogador do Juventus, não pensou duas vezes e o agarrou pela camisa quando o dito cujo estava próximo ao alambrado. Verdade ou não fazia parte da mística da Javari. Meu primeiro ídolo foi o Gatãozinho, não ia a muitos jogos, mas os que pude ir foram memoráveis.

Gatãozinho

Infelizmente não fui muito assíduo devido aos estudos e pelo fato de começar a trabalhar cedo, em 1983. Depois disso ainda iria mudar para o ABC Paulista, um ano em Joinville, e voltando ao ABC em 2007, ano em que nasceria meu filho.

Depois de idas e vindas voltei a acompanhar melhor o time a partir de 2008 mas ainda hoje a falta de grana faz com que eu acabe por ver poucos jogos.

Não sou um grande Juventino, mas o time representa tudo o que eu espero de uma partida, a mística da Javari muda qualquer pessoa!

*depoimento de Roberto Rogério Rocha, torcedor do Juventus e amante do futebol do ABC, em especial do Palestra de São Bernardo do Campo - e que lamenta a situação difícil pela qual passa o alviverde.

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Ricardo Pucci

foto: Carol Serodio / Revista do Tatuapé

Era uma quinta. 19/03/2003. Tinha apenas 11 quando meu pai me levou pela primeira vez à tal Rua Javari. Era novo ainda, ainda escrevia “Juventos” e nem sabia de muita coisa. O que era cannoli, o que viria a ser o pessoal que ficava na “Seção 2” do estádio, e muito menos no que iria acontecer em breve. Nós fomos apresentados assim, eu um suposto São Paulino sendo apresentado ao campo de futebol pela primeira vez. Sim, já tinha ido a fazendinha anos antes com a escola, mas não era nem de perto comparável com aquilo que via ali.

O Juventus jogava o Torneio da Morte, um campeonato á parte do Paulistão para ver quem ia cair. O jogo seria contra o Ituano, e era pro Juventus vencer ou vencer. Claro, acho que como muitos, iria ver meu primeiro jogo nas cobertas. Como disse, iria. Aquele dia choveu pra caramba antes do jogo e o Juventus não entrou em campo. Lembro bem que fiquei no lado direito, acho q na terceira ou quarta arquibancada de baixo para cima. Não tinham cadeiras ainda. Era concreto. Muros e o resto do estádio todo branco e o campo parecia ser muito mais perto do que hoje. Mas algo me chamou a atenção. O sentimento no meu peito ao entrar pelas catracas da Javari (sim, em 2003 tinha catracas) e o cheiro do estádio. Era algo estranho, algo que hoje não sinto mais, claro, de la pra cá foram quase 100 visitas ao estádio, isso só para ver jogos, sem contar outras idas.

Enfim, como dizia, iria ter jogo. Tive que voltar no dia seguinte, um 20/03/2003 (sou biruta pelo numero 23, não sei porque e essa é outra historia, mas tirem os zeros que vocês descobriram), um dia místico. Talvez a frustração do primeiro jogo não visto, apenas uma visita inútil e minha ânsia por esse primeiro jogo no estádio só aumentou o desejo, ou, apenas plantou a semente que se afloraria anos depois. A Javari estava lotada. O Juventus abriu os portões e com isso a Mooca desceu naquele dia e foram todos ao templo. Numa mística Sexta Feira 23. Não lembro claro, quem fez os gols, pois só sabia o nome do nosso goleiro (outra mística minha com goleiros Juventinos, no primeiro jogo que vi, apenas o nome do guarda-redes não saiu de mente), era Willians o nome do numero 1. O Juve ganhou de 2x1, com dois gols de faltas no gol da “Seção 2”. Um dia fodastico. O dia que o moleque conheceu seu melhor amigo. Só que eu nem sabia disso.

Só que essa não é nem de perto a história completa de tudo. Voltaria para aquele campo dia 19/07/2003, dia que conheci a homenagem ao goleiro adversário ao bater tido de meta, algo característico até hoje, 9 anos depois. Dia que vi meu primeiro jogo na Setor 2, que na época devia contar apenas com o Cabelo e mais alguns, e não era nem de longe o que é hoje. Juventus 3x1 (placar místico, puta merda, 3x1 é místico para mim) no XV de Piracicaba na Copa Estado de São Paulo (hoje a Copa Paulista). Esse foi minha ultima visita ao templo, coisa que demoraria a acontecer por um longo inverno.

Ai veio talvez à coisa mais cruel que para um menino de 12 anos poderia acontecer. Eu, um São Paulino, já definido e fanático, mesmo sendo pequeno sou colocado frente á frente com seu primeiro amor, e disposto a trair meu atual time na presença do mesmo. O famoso jogo do Grafite em 2004 em São Caetano do Sul (puta que lá merda, São Caetano, outra mística, devo ser filho do Toro e não sei, sou como ele com essas coisas de místicas). 14/03/2004 (ah, o mês de Março...) valia o rebaixamento do Juve. Mas, se o Juventus ganhasse rebaixava o Corinthians, e como fiquei na torcida do São Paulo (longe de minha gente) torci para o Juventus por dentro, como todos os São Paulino. Será que queria ver o rebaixamento do Corinthians ou realmente aquilo era o meu destino de torcer pelo Juventus. Enfim, eu não sei ao certo. Só que ganhamos (para mim na época São paulino, mas na verdade perdemos) 2x1 para o São Paulo. Juventus rebaixado. Puta merda. Sai do jogo e passei pela “gente” Juventina saindo triste de lá. Não entendi ao certo, só sei que estava magoado por dentro, por algum motivo inexplicável. Aquele dia soube que algo não estava normal no meu mundinho paralelo em que vivia até ali.

E o inverno passa. Levando-me ao dia 03/08/2008. Me animei após ver um jogo Sub-20 (a base Juventina, minha sina) semanas antes. Sim, minha volta seria na verdade 26/07/2008 num Juventus 3x2 Santos. Porem, tinha que voltar para ver um jogo do profissional. E assim se foi. Um domingo de manhã cinza. Copa Paulista. Era um Juventus x Santo André. A sensação daquele dia não foi a mesma de 2003, mas era algo diferente. Daquele dia em diante os Deuses do futebol junto ao Crespi e Clovis me cravaram no peito o desejo de ficar ali naquele lugar. Sem querer comecei a entender qual era na verdade o propósito de minha existência terrestre. Tinha as armas e tive que me virar para aprender a usa-las. Voltando ao jogo. Fui com um amigo, levado por ele ao jogo, sendo que não converso mais com ele hoje em dia e acho que ele também nunca mais voltou lá. Ficamos na coberta. Mas lá não legal. Ao segundo tempo fomos para o gol da Setor 2. Ainda não conhecia muita coisa, mas fiquei a vontade ali. O sentimento começava ali. Perdemos o jogo, 3x1. Normal. Mas a partir desse dia voltaria muito vezes ao nosso templo.

Em 2009 assisti apenas 6 jogos do Juve. Fazia curso sábado de tarde e não consegui matar sempre. Só ia em jogos de domingo e alguns de quarta feira. Ainda tinha dois times no peito, mas via que o lado Juventino pesava. Vai ver a abstinência fez eu esquecer o São Paulo e virar só Juventino. Foi logo após o Campeonato Nacional, que decidi me dedicar ao Juventus apenas. Bem torcedor modinha que só torcia nas boa. E era isso que eu era, um modinha, torci quando foi fácil, mas quando ficou foda eu mudei. E horas, mudei para ser Juventus. E se eu já pensei em voltar ao time do Morumbi e largar o Juve? Logico. Mas não consigo. Foi caminho sem volta. Aqui é meu mundo paralelo, onde tenho experiências que torcedor nenhum de time de mídia já teve.

Dizem que o Juventus é time de várzea. Pois bem, não deixa de ser. Pela proximidade que temos com jogadores, a amizade que se cria com eles, a ligação direta com os dirigentes, onde todos conhecem todos por nome, um time de bairro que tem sua gente com ele. Somos um time de vazea sim, mas o melhor de todos. Até porque vivemos no mundo profissional. Ser Juventino é diferente. É único e para poucos, ate porque assim é perfeito. Não queremos milhões de torcedores, não queremos títulos (mas se vier, agradecemos) e nem arenas modernas. E nem precisamos. Assim está bom. Ser Juventino é raro, até porque tudo que é raro é mais valioso do que tudo que é normal, comum ou igual. O Juventus é diferente de tudo, até porque não é você que escolhe seu time, foi o Juventus que escolheu você. O sentimento não se aflora em alguns, outros consegue dividir com outros amores. Normal. Tempos moderno é assim, infelizmente. Mas a gente continua aqui. Orgulhosos de ser o que somos. Até porque, somos raros e valiosos.

*Ricardo Russini Pucci escreve no blog Juventus Travesso e acompanha quase todos os jogos do Juventus, seja no profissional ou nas categorias de base.

Você pode participar da Seção O Dia Em Que Virei Juventino do nosso blog mandando sua história de como o Moleque Travesso começou a fazer parte de sua vida para o email hamilton@juventus.com.br. Já recebemos várias contribuições e todas elas serão postadas na ordem em que as recebemos. Esta foi a primeira. Escreva quanto e como quiser, mas participe!

domingo, 12 de agosto de 2012

O dia em que virei juventino - participe!


Isso é um cannoli. Olha só que fila enorme para comprar, é maior que a da bilheteria! Aquela é a lojinha oficial, depois te levo na loja do Miojo também. Aquela é a estátua do Pelé, mas o pessoal gosta mesmo é da estátua do Clóvis. O Clóvis era chamado de "o professor", é um dos nossos maiores ídolos. Aquele é o Serjão, ele é o presidente da Ju-Jovem. Não, a Ju Jovem não é barra brava. É, o alambrado fica mesmo bem perto do campo. Os caras ouvem a gente gritando aqui e isso até muda o resultado do jogo. Aquele gandula é o Maradona. Presta atenção quando o goleiro deles for cobrar o tiro de meta. Olha lá uns caras xingando, eu conheço todos eles. O cara que tá brigando ali também é meu amigo. O vestiário fica embaixo da arquibancada. Esse prédio abandonado aí atrás era a creche dos funcionários da fábrica dos Crespi. Eles fabricavam tecidos e fundaram o clube. Depois eu te explico porque não é bom vir com camisa de outro time. O placar é de madeira, tá vendo? Já teve eletrônico mas a torcida nunca gostou dele e ele queimou quando um raio caiu durante uma tempestade. Aquele cara lá filma todos os gols e põe num blog. E aí, gostou do jogo? Vamos comer esfiha na Esfiharia Juventus? Sim, é muito boa. Ih, agora não dá mais para comprar cannoli, já acabaram e o Seu Antônio tá indo embora. Bora tomar uma lá no Cebola.

Geralmente é assim que a gente é apresentado para o Juventus e para a Rua Javari: com uma chuva de informações.

Chegamos meio sem saber direito o que é o time, como é esse estádio tão famoso e qual é a dessa torcida que canta sem parar para um clube pequeno, que não ganha muitos títulos nem aparece na mídia toda hora.

Isso pode acontecer quando crianças, quando adolescentes ou mesmo depois de adultos. Pais levam seus filhos. Amigos levam amigos. Avôs vão junto com os netos. Gente cruza a cidade atrás do time da Mooca.

Uns gostam, outros acham uma perda de tempo. Tem os que gostam muito e voltam mais vezes. E vão voltando, voltando... até que viram juventinos de vez, a menos que já tivessem virado juventinos logo de cara. Largam o outro clube para o qual torciam. Ou ficam com o coração dividido com a velha paixão de infância, o clube grande que tem os jogos transmitidos na TV.

É assim que funciona, na maioria das vezes.

E depois fazemos a mesma coisa, apresentamos o Juventus e a Javari para outras pessoas, que também pode ser que voltem mais vezes.

Com você aconteceu assim? Foi diferente?

Que tal contar para nós? Vamos dividir experiências sobre nosso debut como juventinos.

Este blog começará a publicar textos de torcedores contando sobre sua iniciação no Moleque Travesso, na nova coluna "O DIA EM QUE VIREI JUVENTINO".

Participe. Escreva para hamilton@juventus.com.br e conte sua história.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Se beber, não jogue

Já mostrei no Manto Juventino há algum tempo uma camisa da minha coleção usada no Paulistão e na Série C de 1997 e patrocinada pela cervejaria Antarctica (relembre clicando aqui).

Comentei que aquela camisa tinha como particularidade o fato de o patrocínio ter sido vetado por alguma razão e coberto por um pano, escrito "Juventus".

Pois agora o amigo Marcello Martini Junior mostra uma preciosidade que pertence ao seu avô: a camisa branca daquele ano - e com o patrocínio coberto! A camisa, utilizada por um jogador reserva do Moleque Travesso, possui este curioso detalhe que a torna uma peça rara.


É pelo avesso dessa bela peça que se vê o patrocínio original da Antarctica, oculto por algum motivo que ainda não sabemos mas, provavelmente relacionado a alguma proibição de publicidade de bebidas alcoólicas.


Detalhe da faixa costurada no uniforme.


Agradecemos ao Marcello pelas fotos enviadas e desejamos que ele cuide muito bem desta camisa, que é difícil de se ver.

Se você tiver camisas do Juventus e quiser mostrar para nós e contar a sua história, mande um email para hamilton@juventus.com.br.

E todas as vezes que adentrar ao templo sagrado da Rua Javari, vista grená.

domingo, 22 de julho de 2012

O fundo do poço


Um ano atrás usávamos esta camisa e estávamos no fundo do poço. Eliminados da A3 e quase rebaixados com as táticas de Ivo Secchi e tratados como mulher de malandro por Karmino Colombini. Ser rebaixado da terceira divisão para a quarta, seria o fundo do poço. E nós chegamos a olhar para esse abismo, mas não caímos dentro dele.

Tínhamos como melhor jogador o Nem, que antes era um dos menos queridos. No ataque, o quase-gol Tavares. Time quase foi vendido à obscura MTDF e depois foi terceirizado ao pessoal do clube-empresa de Diadema.

O tempo passou e as coisas mudaram. Olhando para esta camisa, o que vem à sua cabeça?

domingo, 15 de julho de 2012

Juventus vestindo Nike

Este blog chegou ao centésimo post... quem diria que uma ideia tão modesta, de falar das camisas do Juventus, chegaria a esse ponto!

E para celebrar, hoje, dia em que o Juventus venceu o São Bento pela Copa Paulista por 2 a 1, vou publicar as fotos de uma camisa rara e pouco conhecida: fardamento fabricado pela Nike e utilizado pelas categorias de base juventinas em 2006.

Posto estas camisas porque, além de raras, foram tratadas em outro post antigo (da época em que eu tinha apenas ideia de colocar desenhos - bem mal feitos, diga-se de passagem - dos uniformes), que, sabe-se lá porque, é o campeão de acessos aqui do blog.

Então, em homenagem à vitória de hoje, aos 100 posts do blog e à camisa da Nike que é tão acessada aqui, aí estão as fotos da danada:



A camisa, como já falamos anteriormente, foi resultado da parceria que o Juventus celebrou com o Grupo Pão de Açúcar, que investia pesado no futebol. A empresa possuía muito apreço pelo equipamento fabricado pela Nike, que já vestia o time do PAEC, e assim a fabricante americana passou a ser a marca das categorias de base do Moleque Travesso. Aparentemente não se tratava de um contrato de fornecimento mas de fardamentos personalizados que o próprio Pão de Açúcar comprou e preparou para o Juventus vestir.

O time profissional vestia Finta, aí sim, com contrato de fornecimento e patrocínio.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cartelão de Ouro

A marca do carnê para arrecadação de fundos para o clube foi o primeiro patrocínio da camisa do Juventus. O Cartelão de Ouro apareceu em 1984 e estampou o uniforme somente naquele ano. Mas o pouco tempo foi suficiente para trazer uma série de curiosidades.

O uniforme naquela época não seguia exatamente um padrão. A Adidas variava a gola, de formato em V grená para branco e até para polo. Para "piorar", o Moleque Travesso acabara de conquistar a Taça de Prata e, com isso, uma estrela surgia enfeitando o distintivo do clube, mas não aparecia em todos os uniformes.

Uma loucura!

Nos nossos arquivos encontramos registros dessa variação:

Uniforme usado contra o Corinthians, em 1/9/84. Gola V branca e estrela de prata.


Aqui contra o São Bento, na Rua Javari, em 22/9/84. Gatãozinho domina a bola usando uma camisa com a gola V grená e estrela de prata.


Jair, o Príncipe Jajá, ídolo do Internacional de Porto Alegre e do Peñarol, transferiu-se para o Juventus e vestiu a camisa com a gola em V branca e a estrela de prata.

Uniforme com gola tipo polo, sem a estrela de prata, usada na Copa São Paulo Infantil 84


As duas fotos abaixo são de uma preciosidade. A camisa pertence ao amigo Milton Aguiar, que comanda a loja A Esportes na Rua Pires de Campos, na Mooca. Juventino e palestrino, Milton dá continuidade ao negócio aberto pelo seu pai, a antiga Modas Aguiar, mas dedica-se ao comércio de material esportivo, inclusive vendendo camisas antigas. Esta aí não está à venda e sim exposta num mural repleto de camisas antigas autografadas, mas Milton quer enquadrar a sua relíquia.

É uma camisa oficial de 1984, com o patrocínio do Cartelão de Ouro. Gola em V grená e sem a estrela de prata. Podemos ver que não possui o logotipo do Cartelão nas costas, embora houvesse bastante espaço para isso. A camisa número 3 foi autografada pelo jogador Marco Antônio, com direito a dedicatória e tudo.




Esta é a única camisa original com o patrocínio do Cartelão que eu conheço.

Se você possui alguma camisa como esta, ou tem qualquer camisa do Juventus e quer mostrar pra gente, é só escrever para hamilton@juventus.com.br que vamos publicar aqui no blog.

domingo, 1 de julho de 2012

Retrospecto do Juventus na Copa Paulista

Vai começar a Copa Paulista 2012 e o Juventus tentará seu segundo título na competição que reúne times das três divisões da série A da Federação Paulista de Futebol.

O Portal da Mooca, com o apoio do pesquisador juventino Sergio Agarelli, levantou dados sobre este torneio, que reproduzimos abaixo:

A Copa Paulista teve sua primeira edição em 1999 e denominava-se Copa Estado de São Paulo. Seu primeiro campeão foi o Etti Jundiaí (atual Paulista de Jundiaí). O Juventus participou pela primeira vez na edição de 2001 (Copa Coca Cola).
A estréia ocorreu na Javari, onde perdeu para o Nacional Atlético Clube por 1 a 0. A primeira vitória juventina foi contra a A A Portuguesa, de Santos, por 1 a 0, no estádio Ulrico Mursa.

O Juventus tem demonstrado que aprecia disputar esse tipo de torneio, haja visto os resultados alcançados nas suas 10 participações(de 2001 e 2003 a 2011): foram 182 jogos, sendo 83 vitórias, 47 empates e 52 derrotas, com 293 gols a favor e 242 sofridos.

Na Rua Javari o Moleque Travesso se caracteriza por um histórico de anfitrião implacável, perdendo apenas 18% de seus confrontos. Fora de casa costuma apresentar-se como um visitante incômodo, já que foi batido apenas em 40% do jogos.

A performance geral do Juventus na competição é notável, já que se sagrou uma vez campeão (em 2007); chegou uma vez à semi-final (em 2001); atingiu duas vezes a etapa de quartas- de-final (em 2003 e 2005); alcançou cinco vezes a segunda fase (em 2004, 2006, 2008, 2009 e 2011), sendo eliminado na fase inicial somente em 2010.

As maiores sequências de vitórias (6 em partidas consecutivas) ocorreram nas edições de 2003 e de 2007. A maior sequencia invicta ocorreu na primeira fase da Copa de 2009: foram 12 jogos nos quais o Juve obteve 8 vitóras e 4 empates. Nessa mesma ocasião, a equipe atingiu 6 jogos consecutivos sem tomar gols (recorde juventino na competição). Os principais responsáveis por essa invencibilidade foram o goleito Cairo, e os zagueiros Jordan. Elder e Alex.

Nas cinco últimas campanhas, os principais artilheiros do Moleque foram : em 2011, Luizinho e Pablo com 10 gols cada; em 2010, Vanderlei e Heberty com 5 gols cada; em 2009, Alex Alves e Valdo com 4 gols cada; em 2008, Dewide com 9 gols e, em 2007, Márcio e Johnny com 12 gols cada um (ambos artilheiros da competição).

A Copa Paulista teve sua primeira edição em 1999 e denominava-se Copa Estado de São Paulo. Seu primeiro campeão foi o Etti Jundiaí (atual Paulista de Jundiaí). O Juventus participou pela primeira vez na edição de 2001 ( Copa Coca Cola).

A estréia ocorreu na Javari, onde perdeu para o Nacional Atlético Clube por 1 a 0. A primeira vitória juventina foi contra a A A Portuguesa, de Santos, por 1 a 0, no estádio Ulrico Mursa.

O Juventus tem demonstrado que aprecia disputar esse tipo de torneio, haja visto os resultados alcançados nas suas 10 participações(de 2001 e 2003 a 2011): foram 182 jogos, sendo 83 vitórias, 47 empates e 52 derrotas, com 293 gols a favor e 242 sofridos.

Na Rua Javari o Moleque Travesso se caracteriza por um histórico de anfitrião implacável, perdendo apenas 18% de seus confrontos. Fora de casa costuma apresentar-se como um visitante incômodo, já que foi batido apenas em 40% do jogos.

A performance geral do Juventus na competição é notável, já que se sagrou uma vez campeão (em 2007); chegou uma vez à semi-final (em 2001); atingiu duas vezes a etapa de quartas- de-final (em 2003 e 2005); alcançou cinco vezes a segunda fase (em 2004, 2006, 2008, 2009 e 2011), sendo eliminado na fase inicial somente em 2010.

As maiores sequências de vitórias (6 em partidas consecutivas) ocorreram nas edições de 2003 e de 2007. A maior sequencia invicta ocorreu na primeira fase da Copa de 2009: foram 12 jogos nos quais o Juve obteve 8 vitóras e 4 empates. Nessa mesma ocasião, a equipe atingiu 6 jogos consecutivos sem tomar gols (recorde juventino na competição). Os principais responsáveis por essa invencibilidade foram o goleito Cairo, e os zagueiros Jordan. Elder e Alex.

Nas cinco últimas campanhas, os principais artilheiros do Moleque foram : em 2011, Luizinho e Pablo com 10 gols cada; em 2010, Vanderlei e Heberty com 5 gols cada; em 2009, Alex Alves e Valdo com 4 gols cada; em 2008, Dewide com 9 gols e, em 2007, Márcio e Johnny com 12 gols cada um (ambos artilheiros da competição).

E AS CAMISAS

Voltando ao tema principal do nosso blog, levantamos as camisas que o Moleque Travesso utilizou em suas participações na Copa Paulista. Aí estão elas:

domingo, 24 de junho de 2012

Camisa zebrada

A camisa deste post pertence ao amigo Luciano Soares, juventino de Londrina/PR.

Trata-se de uma camisa rara do Juventus, listrada na horizontal, à semelhança das camisas zebradas que Leão usou no Palmeiras e no Corinthians e do tradicional fardamento do XV de Piracicaba. Foi utilizada poucas vezes durante o início da década de 1980 como uma versão alternativa, uma espécie de terceiro uniforme.








Como a camisa teve curta duração, tal qual a camisa com mangas brancas de 1981, é de se imaginar que foi rejeitada, em favor do manto todo grená como titular e branco com pequenos detalhes avinhados como segundo uniforme.

As listras são largas, no estilo que a Adidas utilizava na camisa do Flamengo (hoje considerada um modelo clássico pelos torcedores do clube carioca e pelos colecionadores de camisas). O tecido é diferente, uma trama com "furinhos". O distintivo costurado, sobre a faixa branca, aparecia com fundo da mesma cor.