domingo, 12 de agosto de 2012
O dia em que virei juventino - participe!
Isso é um cannoli. Olha só que fila enorme para comprar, é maior que a da bilheteria! Aquela é a lojinha oficial, depois te levo na loja do Miojo também. Aquela é a estátua do Pelé, mas o pessoal gosta mesmo é da estátua do Clóvis. O Clóvis era chamado de "o professor", é um dos nossos maiores ídolos. Aquele é o Serjão, ele é o presidente da Ju-Jovem. Não, a Ju Jovem não é barra brava. É, o alambrado fica mesmo bem perto do campo. Os caras ouvem a gente gritando aqui e isso até muda o resultado do jogo. Aquele gandula é o Maradona. Presta atenção quando o goleiro deles for cobrar o tiro de meta. Olha lá uns caras xingando, eu conheço todos eles. O cara que tá brigando ali também é meu amigo. O vestiário fica embaixo da arquibancada. Esse prédio abandonado aí atrás era a creche dos funcionários da fábrica dos Crespi. Eles fabricavam tecidos e fundaram o clube. Depois eu te explico porque não é bom vir com camisa de outro time. O placar é de madeira, tá vendo? Já teve eletrônico mas a torcida nunca gostou dele e ele queimou quando um raio caiu durante uma tempestade. Aquele cara lá filma todos os gols e põe num blog. E aí, gostou do jogo? Vamos comer esfiha na Esfiharia Juventus? Sim, é muito boa. Ih, agora não dá mais para comprar cannoli, já acabaram e o Seu Antônio tá indo embora. Bora tomar uma lá no Cebola.
Geralmente é assim que a gente é apresentado para o Juventus e para a Rua Javari: com uma chuva de informações.
Chegamos meio sem saber direito o que é o time, como é esse estádio tão famoso e qual é a dessa torcida que canta sem parar para um clube pequeno, que não ganha muitos títulos nem aparece na mídia toda hora.
Isso pode acontecer quando crianças, quando adolescentes ou mesmo depois de adultos. Pais levam seus filhos. Amigos levam amigos. Avôs vão junto com os netos. Gente cruza a cidade atrás do time da Mooca.
Uns gostam, outros acham uma perda de tempo. Tem os que gostam muito e voltam mais vezes. E vão voltando, voltando... até que viram juventinos de vez, a menos que já tivessem virado juventinos logo de cara. Largam o outro clube para o qual torciam. Ou ficam com o coração dividido com a velha paixão de infância, o clube grande que tem os jogos transmitidos na TV.
É assim que funciona, na maioria das vezes.
E depois fazemos a mesma coisa, apresentamos o Juventus e a Javari para outras pessoas, que também pode ser que voltem mais vezes.
Com você aconteceu assim? Foi diferente?
Que tal contar para nós? Vamos dividir experiências sobre nosso debut como juventinos.
Este blog começará a publicar textos de torcedores contando sobre sua iniciação no Moleque Travesso, na nova coluna "O DIA EM QUE VIREI JUVENTINO".
Participe. Escreva para hamilton@juventus.com.br e conte sua história.
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Nunca virei Juventino, pois nasci Juventino. Nunca vesti outra camisa sem ser o Manto Grená.
ResponderExcluirAfonso L Quintana
Não sou juventino. Mas comecei a frequentar a Javari ano passado, no primeiro jogo da Copa Paulista contra o São Bernardo. Dois a um Juve. De lá prá cá nunca mais parei de vir. Sempre que possível vou à Javari. Prá mim virou uma espécie de ritual, desde a estação da Moóca até o estádio. Assim que chego na frente da Javari passo a ser juventino. E esse texto é exatamente o que acontece num dia de jogo. E o jogo não é só o que acontece dentro de campo, mas principalmente o que acontece fora dele. E tudo termina no bar do Cebola. Sensacional, na vitória ou na derrota. Belo texto. Parabéns.
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