quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Dia em que virei Juventino - por Roberto Rogério Rocha

Me considero um apaixonado pelo Juventus e pela mística que ele me proporciona. Sei que existem pessoas com melhores e maiores histórias da que eu irei relatar abaixo, mas o Juventus não é meu segundo time, isso eu já adianto.

Comecei a ver, sem entender é claro, futebol no fim da década de 70, época da ditadura no país, futebol era pura paixão e naquela época os times que representavam a massa (povão) eram Flamengo e Corinthians. Não tinha como não se comover com a fila de títulos do clube alvinegro, claro que foi um dos meus primeiros times, digo times porque adorava o Grêmio Portoalegrense de 1981.

Enfim, mesmo amando futebol e sendo filho de um conselheiro vitalicio do time de Pq. São Jorge, era proibido de ir aos estádio por ele próprio que nunca gostou do futebol. Era sócio do clube porque tinha ganho o título quitado após uma conquista na natação pelo alvinegro na década de 1960.

Para mim era uma frustração ver jogadores do calibre de Basilio, Palhinha e Sócrates batendo bola na fazendinha e não poder vê-los em campo, foi então através do já falecido pai de um amigo meu, Seo Geraldo Valenciano, que pude finalmente conhecer um estádio de futebol. Ele gostava de ir a Javari ver o Moleque Travesso em campo devido a proximidade , morávamos na Vila Matilde, e pelo fato dos jogos serem a tarde, iamos escondidos de meu pai, na companhia de meu amigo Sandro e de seu pai, Seo Geraldo.

Alíás, além da magia que sempre sentia ao entrar na Javari, vinha à mente as histórias que o Seo Geraldo contava, como num dia em que um bandeirinha insistia em marcar impedimentos nas jogador do Juventus, não pensou duas vezes e o agarrou pela camisa quando o dito cujo estava próximo ao alambrado. Verdade ou não fazia parte da mística da Javari. Meu primeiro ídolo foi o Gatãozinho, não ia a muitos jogos, mas os que pude ir foram memoráveis.

Gatãozinho

Infelizmente não fui muito assíduo devido aos estudos e pelo fato de começar a trabalhar cedo, em 1983. Depois disso ainda iria mudar para o ABC Paulista, um ano em Joinville, e voltando ao ABC em 2007, ano em que nasceria meu filho.

Depois de idas e vindas voltei a acompanhar melhor o time a partir de 2008 mas ainda hoje a falta de grana faz com que eu acabe por ver poucos jogos.

Não sou um grande Juventino, mas o time representa tudo o que eu espero de uma partida, a mística da Javari muda qualquer pessoa!

*depoimento de Roberto Rogério Rocha, torcedor do Juventus e amante do futebol do ABC, em especial do Palestra de São Bernardo do Campo - e que lamenta a situação difícil pela qual passa o alviverde.

Você pode participar da Seção O Dia Em Que Virei Juventino do nosso blog mandando sua história de como o Moleque Travesso começou a fazer parte de sua vida para o email hamilton@juventus.com.br. Já recebemos várias contribuições e todas elas serão postadas na ordem em que as recebemos. Escreva quanto e como quiser, mas participe!

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