Era fundado o Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube, com as cores vermelha, branca e preta, cuja função seria defender o nome da empresa nos campos de várzea, contra times de outros bairros ou de outras fábricas. A camisa era branca e o seu brasão era em estilo inglês, com as letras CRC entrelaçadas. Fora do campo, Vicente Romano e Manoel Vieira de Souza administravam o clube.
Um ano depois, o clube ganhava seu estádio. O "Campinho", como era chamado, instalado em um terreno contíguo à fábrica, e anteriormente utilizado para debulhar algodão e, segundo outras fontes, como cocheira, foi cedido pelo próprio Conde Rodolfo Crespi. O estádio ficava na Alameda Javry, hoje denominada Rua Javari.
Ir ao "Campinho" torcer para o time do Cotonifício tornou-se rapidamente um grande divertimento para os funcionários da fábrica, seus familiares e os moradores da Mooca.
Em 1929, o Touro da Mooca foi campeão paulista da primeira divisão, ascendendo à divisão de elite. Agora enfrentando os times grandes, não poderia mais carregar o nome da fábrica. O Conde, que havia retornado da Itália, onde assistiu ao clássico entre Juventus e Torino, sugeriu a mudança do nome do clube para JUVENTUS, acompanhada da adoção do uniforme alvinegro.
Surgiu, então, um novo problema. Na divisão de elite, vários clubes já haviam adotado o preto e branco, como Corinthians, Santos e Ypiranga. As cores originais do clube, vermelho, preto e branco, também tinham sido escolhidas por várias agremiações, como São Paulo da Floresta e Internacional. Surgiu, então, a ideia de adotar uma cor diferente de todos os outros, novamente por iniciativa do Conde Rodolfo Crespi: o grená, a cor da Torino.
E foi assim que tudo começou.
Grená, granate, bordaux ou avinhada, cor do vinho, do sangue., graças a Baco.
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